
Antonio Francisco dos Prazeres Ferreira havia confessado que teria atirado em policial militar, na CIC, porém voltou atrás
Antonio Francisco dos Prazeres Ferreira, de 33 anos, preso suspeito de ter matado o policial militar Erick Norio na Cidade Industrial de Curitiba, voltou atrás e negou que tenha atirado. Segundo o preso, ele teria assumido o crime por “pressão” e para “não perder a família”.
Reviravolta na morte de Erick Norio
Em depoimento no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o homem voltou atrás na versão apresentada quando foi preso sobre a morte do PM, na Vila Corbelia, na CIC. “No entendimetno dele, as ameaças cessariam”, diz o advogado. “Ele sentiu-se coagido. O próprio processo vai demonstrar que ele não é o participante”, completou.
“Quem estava com a arma era o Pablo [morto após o PM], ele não viu atirando só ouviu o disparo. Eles estavam no bar e a PM chegou sem o giroflex, correram”, explica. De acordo com Antonio, Pablo não foi morto por traficantes nem por PMs.
Prisão de suspeito na CIC
Antonio foi preso na madrugada desta terça-feira (11) e transferido para uma prisão provisória. Ele não falou com a imprensa e chegou sob forte escolta. De acordo com a Polícia Civil, o homem já era procurado desde sábado (8), horas depois do policial Erick Norio ter sido morto depois de uma denúncia anônima.
Ele estava escondido em uma casa no bairro Ganchinho, em Curitiba. Antônio foi orientado por advogados e procurou duas delegacias para se entregar ainda no sábado. Porém, como não havia mandado de prisão contra ele e o flagrante foi ignorado, e ele não foi preso.

Vídeo mostra PMs atirando na CIC
Um vídeo obtido com exclusividade pela equipe da RICTV | Record TV foi gravado no dia em que o policial militar Erick Norio foi assassinado. Nas imagens, homens com colete da Polícia Militar aparecem atirando dentro da Vila Corbelia. Eles saem de uma caminhonete e efetuam ao menos cinco disparos.
Os dois foram identificados e afastados pelo comando da PM. O advogado Claudio Dalledone Junior assumiu a defesa dos dois policiais. Veja o vídeo!
Policial militar assassinado
Erick Norio e um colega de farda checavam uma ocorrência de pertubação de sossego, via 190, na CIC, quando o assassinato aconteceu. Quando os policiais chegavam perto do local indicado na denúncia, pela Estrada Velha do Barigui, avistaram um motociclista com atitude suspeita.
O condutor da viatura realizava uma busca pela placa no momento que o soldado Norio desceu do automóvel. Segundo ele, foi tudo muito rápido. Poucos segundos após Neri descer do carro, ele ouviu disparos de arma de fogo. Em seguida, o condutor perguntou para o colega se ele estava bem e foi quando Norio afirmou que tinha sido atingido.

Assista à reportagem completa sobre o caso:
O repórter Ricardo Vilches tem as informações sobre o caso da Vila Corbelia, na CIC.