Na primeira versão, o homem contou que o irmão se colocou à frente do inimigo e levou os tiros, mas dias depois admitiu que o alvo era o parente e que a motivação seria divisão da herança (Foto: Reprodução/RICTV Curitiba)

Na primeira versão, o homem contou que o irmão se colocou à frente do inimigo e levou os tiros, mas dias depois admitiu que o alvo era o parente e que a motivação seria divisão da herança

*Com informações do repórter Daniel Santos, da RICTV Curitiba

A motivação da morte de Silvestre Rybinski, 44 anos, tomou outro rumo nesta quarta-feira (31) depois do irmão, que teria atirado por engano, admitir o crime para a Polícia Civil da Lapa, Região Metropolitana de Curitiba. A explicação do assassinato seria a divisão da herança dos pais.

A primeira versão contada era que, Paulo Rybinski, de 37 anos, teria se irritado com a presença de um rival na mecânica e ao fazer menção de atirar, o irmão se colocou à frente do inimigo. Mas segundo testemunhas e para a Polícia, a história do crime seria outra.

No dia do assassinato, Paulo começou a beber pela manhã em um bar da Lapa. No início da noite, o suspeito saiu descontrolado e armado de casa em direção à residência da vítima, que fica a poucos metros de distância. Ao chegar no portão, que estava aberto, se deparou com o irmão, a cunhada, três filhos e um sobrinho, na varanda, tomando chimarrão.

Apesar dos familiares como testemunha, ele não se amedrontou e foi em direção ao irmão disparando. Silvestre foi atingido com três tiros na frente de seus filhos. Depois do crime, o autor saiu correndo em direção à sua casa, pegou algumas roupas, ainda sujo de sangue, e fugiu correndo. Alguns vizinhos, desesperados, colocaram a vítima dentro de seu próprio carro e o levaram até à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região, mas Silvestre chegou morto no local.

No fim da tarde desta quarta-feira, Paulo Rybinski foi até a delegacia que investiga o caso, confessou o crime, mas continua em liberdade porque não houve flagrante. Apesar de admitir, as investigações continuam.

Início das brigas

As discussões entre os irmãos começaram depois da morte da mãe, há mais ou menos dois anos. Os pais deixaram cerca 20 alqueires, equivalente a 48 hectares, para os 11 filhos. O autor do crime, por ser o caçula, continuou na residência do casal mesmo depois da morte. As brigas constantes pelas terras, que não possuiam inventário, eram entre seis homens e quatro mulheres e, infelizmente, acabou na morte de um dos irmãos.

Autor do crime

Paulo é conhecido na região onde mora, a Comunidade Alves Cardoso, como muito trabalhador e tranquilo. Ele sempre teve o vício com bebidas e chegou a ficar sete anos sem colocar uma gota de álcool na boca, mas recentemente havia voltado a beber, como aconteceu no dia do crime.  O repórter Daniel Santos, da RICTV Curitiba, foi até a Comunidade Alves Cardoso, à 30km da Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, para conversar com testemunhas chaves para o caso. Confira!

Leia também: