
O crime aconteceu em outubro de 2016, dentro da casa da família, que ficava em um condomínio residencial de luxo, localizado às margens da BR-376; entenda!
Aparecido Alves da Silva, acusado de matar a mulher e atirar contra o próprio filho, vai à júri popular nesta terça-feira (18), em Mandaguaçu, no norte do Paraná. O crime aconteceu em outubro de 2016, dentro da casa da família, que ficava em um condomínio residencial de luxo, localizado às margens da BR-376.
Homem mata mulher e atira contra filho em Mandaguaçu
Segundo a Polícia Civil, o Aparecido Alves da Silva chegou em casa revoltado, no fim da tarde do dia 20 de outubro de 2016, e começou a discutir com a esposa, que tinha 41 anos. Durante a briga, o homem pegou uma arma e matou a mulher, Célia Simone Ligeiro da Silva, com um tiro no peito.
O filho do casal, com 16 anos na época, tentou defender a mãe das agressões físicas, mas também acabou baleado. O menino foi atingido por dois disparos: um próximo à virilha e outro na perna.
A filha mais nova do casal, com 11 anos na época do crime, precisou se esconder dentro do guarda-roupa para não sofrer nenhum ferimento. Após os disparos, Silva tentou fugir, mas foi preso em flagrante pela polícia. O acusado estava com a arma utilizada no crime presa na cintura.
Célia chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital Santa Rita, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Já o adolescente, ficou internado diversos dias no Hospital Universitário.

Crime passional
O delegado Valdir Samparo, que assumiu o caso em 2016, afirmou que o crime é passional. “Quando a polícia chegou na casa da família, a mulher ainda estava viva e confirmou que foi baleada pelo marido. Os dois filhos e a empregada também confirmaram a autoria”, explicou Sampar.
Márcia, irmã da vítima, contou que Célia não contava sobre o relacionamento, mas, que pouco antes do crime, ela contou que as crises de ciúmes de Aparecido estavam frequentes. “Ela não podia dirigir para pegar as crianças na escola, inclusive, ele pegou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dela. Ela só foi contar nos últimos meses antes do crime”, afirmou.

Acusado mantinha mulher em cárcere privado
Durante o depoimento da empregada doméstica do casal, a polícia descobriu que Célia Simone Ligeiro da Silva era mantida em cárcere privado há um ano antes do assassinato. Apesar do processo de separação, a mulher só podia sair de casa com a presença do marido.
“Eu ouvi o primeiro tiro, mas pensei que fosse uma cadeira que ele tivesse jogado, já que estava na parte de cima da casa. Aí depois, com os outros, percebi que era disparo e fiquei desesperada. A menina desmaiou e eu só conseguia gritar pedindo por socorro”, contou a empregada doméstica.
Em seguida, a funcionária contou que Aparecido subiu para o segundo andar da residência com a arma na mão e pediu desculpas para ela. Em depoimento, a mulher -que trabalhava há quatro anos para o casal- contou que o casamento estava em crise há algum tempo. De acordo com ela, antes do crime, as brigas e agressões físicas se tornaram frequentes.
Apelo da família por Justiça
A irmã da vítima, Márcia Simone Ligeiro, contou que a relação do pai com os filhos foi destruída após o crime. “O menino tem mania de perseguição, sempre acha que está sendo perseguido por alguém. Qualquer coisa ele se assusta. Eles ainda têm muito medo do pai”, argumentou.
A família, ainda muito abalada com a perda de Célia, espera por justiça nesta terça-feira. “Que a Justiça dos homens seja cumprida. Sabemos que não é muito fácil, mas que Deus interceda por nós e que os promoteres entendam nosso lado, porque está sendo muito difícil”, finalizou Márcia.
O júri popular acontece na Câmara de Veradores de Mandaguaçu, já que o Forúm da cidade é muito pequeno. O início está previsto para às 8h.

Relembre o caso que chocou Mandaguaçu
Na época do crime, a equipe do Balanço Geral Maringá produziu uma reportagem especial sobre a vida do casal e a morte de Célia. Assista!
*Com informações do repórter Fábio Guillen e produção RICTV Maringá