Ponta Grossa - Um homem de 38 anos teve o pênis necrosado após a ex-companheira, de 38 anos) supostamente jogar um ácido no pênis do ex-companheiro durante uma relação sexual. O caso ocorreu no dia 9 de junho, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, e foi divulgado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (7).

Homem segurando a calça na parte íntima
O homem que teve o órgão genital amarrado passou por cirurgias na parte íntima (Foto: imagem ilustrativa / Freepik)

Homem tem órgão genital necrosado: vítima está internada

A vítima permanece internada desde a data do fato e segue sem previsão de alta. Segundo a Polícia Civil afirmou à Banda B que o homem e a mulher mantiveram um relacionamento por mais de quatro anos, mas estavam separados e sob vigência de uma medida protetiva de urgência que impedia a aproximação entre ambos. Sete procedimentos investigativos já haviam sido instaurados envolvendo os dois.

O delegado Derick Moura, responsável pelo caso, informou que os relatos prestados pelas partes apresentam contradições. De acordo com o homem que teve o órgão genital necrosado, a mulher foi até a residência dele para tratar de uma disputa sobre a posse de um celular. Durante a visita, os dois teriam tido uma relação sexual consensual, mas durante o ato ela teria arremessado o líquido sobre a genitália.

“O homem relatou que, após uma discussão com a ex-companheira, os dois iniciaram uma relação sexual consensual. Durante o ato, no entanto, a mulher teria pegado um frasco com uma substância e o arremessado contra as partes íntimas do ex. O líquido causou queimaduras de terceiro grau e levou à necrose do tecido na região”, disse o delegado.

Mulher alega ter sido estuprada

Já a mulher alega ter sido coagida pelo ex-companheiro, que teria feito ameaças caso ela se recusasse a um último encontro íntimo. Segundo ela, houve estupro, e o uso da substância teria sido uma forma de se defender.

“A investigada, por sua vez, afirma que, na data dos fatos, a vítima teria entrado em contato com ela ao saber que ela estaria em um novo relacionamento e exigido a realização de um último encontro sob pena de difamá-la ao novo companheiro. Constrangida e com medo das ameaças, a mulher teria se dirigido até a residência da vítima, mantido as relações sexuais com ela sem o consentimento e, durante a prática do ato, a fim de se defender da situação e evitar a continuidade da prática sexual, teria tomado posse de um vidro contendo um suposto estimulante sexual que o próprio homem teria adquirido previamente”, afirmou.

A mulher ainda declarou que o ex-companheiro teria tentado aplicar o líquido em seucorpo antes do ataque. Segundo a Polícia Civil, o homem que teve o órgão genital necreosado passou por cirurgias, incluindo enxertos de pele, e segue em tratamento hospitalar.

“Este foi submetido a diversas cirurgias, como desbridamento [remoção de tecido morto] da região necrosada e a realização de cirurgias plásticas com enxerto de pele pra tentar recuperar o órgão lesionado”, acrescentou o delegado.

De acordo com os investigadores, há risco de perda permanente das funções urinária e reprodutiva da vítima. A mulher sustentou a versão de legítima defesa, o que foi rebatido pelo delegado.

“Foi constatada a existência de diversas medidas protetivas e procedimentos envolvendo as partes, sendo inclusive que uma das medidas ainda estava em vigor. Logo, a mulher, ao invés de ter se dirigido à residência do ex-companheiro ao se sentir ameaçada, poderia ter procurado as autoridades competentes a fim de relatar o ocorrido”, avaliou.

O delegado também destacou a gravidade do ataque. “Derick Moura também disse reconhecer que o arremesso de substância corrosiva contra o órgão genital da vítima é uma ‘atitude totalmente desproporcional e altamente prejudicial’.”

O caso foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR).

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Jonathas Bertaze

Repórter

Jonathas Bertaze é formado em Jornalismo desde 2023, pós-graduado em Assessoria, Gestão de Comunicação e Marketing e especializado na cobertura de pautas de Segurança, como crimes e acidentes, além de Cotidiano e Loterias, com resultados da Caixa Econômica.

Jonathas Bertaze é formado em Jornalismo desde 2023, pós-graduado em Assessoria, Gestão de Comunicação e Marketing e especializado na cobertura de pautas de Segurança, como crimes e acidentes, além de Cotidiano e Loterias, com resultados da Caixa Econômica.