Homem traído que enviou pão de mel envenenado para amante da esposa é denunciado
O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou um homem de 44 anos por tentativa de homicídio doloso contra duas pessoas. Ele é acusado de mandar pão de mel envenenado com Carbofurano para o amante da esposa, em 2021, na cidade de Cascavel. O fato tomou repercussão nacional e é tratado como crime passional.
O amante, um homem de 35 anos, passou mal ao ingerir um pedaço do doce envenenado com Carbofurano, um inseticida agropecuário, altamente tóxico. De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios, o crime tem motivação passional. A mulher do acusado teve uma relação extraconjugal com a vítima e, por esse motivo, o autor decidiu se vingar.
Além da principal vítima, que era o amante, o homem também é acusado de homicídio doloso contra a esposa da vítima. Como foram enviados dois pães de mel, o MPPR entendeu que ele assumiu o risco de matar o casal (amante e e sua esposa). “Ele previu e assumiu o risco de matar a esposa, pois tinha plena ciência de que ambos residiam no mesmo imóvel, expondo-a a risco concreto de morte (um pão de mel para cada). Além disso, o MPPR requereu a condenação do denunciada ao pagamento de indenização mínima nos termos do artigo 387, inciso IV, do CPP”, diz a denúncia.
Nossa equipe entrou em contato com o advogado de defesa, que não vai se pronunciar sobre a decisão do MPPR.
Sobre o crime
O caso ocorreu dia 10 de abril, quando a vítima recebeu em casa dois pães de mel, como sendo um presente de Páscoa. Eles tinham a logo de uma empresa da cidade e uma mensagem de agradecimento, por ele ser cliente fiel da empresa. Feliz por ter sido “lembrado”, o homem comeu o “presente” alguns dias depois. Após ingerir o alimento, a vítima precisou ser encaminhada para o hospital, onde ficou internado por 10 dias.
Porém depois descobriu-se que a empresa não tinha relação com o envio e que usaram ilegalmente da marca.
O suspeito de praticar o crime foi detido no dia 19 maio, durante a Operação Doce Veneno, realizada pelos investigadores da Delegacia de Homicídios. A defesa do homem pediu a revogação do mandado, que foi acatado pela justiça no dia 26 do mesmo mês. Por esse motivo, ele está respondendo o processo em liberdade.