Curitiba - A delegada Aline Manzatto, da Polícia Civil do Paraná (PCPR), concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (10) sobre a morte de Raíssa Suellen Ferreira. A jovem de 23 anos foi encontrada morta em uma cova rasa e o humorista Marcelo Alves dos Santos confessou o crime e está preso.

Conforme a delegada, Marcelo pediu o carro no dia 1º de junho, um dia antes do desaparecimento da jovem. Ele utilizou o veículo de um amigo para levar o corpo de Raíssa para Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
“Ele buscou o carro às 9h (2 de junho) e buscou a Raíssa. Ele disse que os materiais que ele disse ter usado para matar e embrulhar o corpo eram objetos que ele usava para trabalhar. Contudo, nós não encontramos esses objetos. Se usasse realmente para trabalho, haveriam outros objetos. A lona utilizada para embrulhar o corpo era muito nova”, explicou a delegada.
De acordo com o depoimento do humorista concedido na manhã desta segunda-feira (9), Marcelo afirmou que matou a garota estrangulada com um objeto conhecido como ‘enforca gato’. Contudo, a polícia e a família não acreditam nesta versão.

Obsessão do humorista por Raíssa
Segundo a delegada, o comediante podia estar obcecado pela jovem, o que reforça o crime como um feminicídio.
“Ele até podia estar obcecado por ela. Por ser mulher e não obter a vontade dele, decidiu mata-lá. Essa é a nossa tese e é o que vamos defender”, afirmou a delegada.
Possíveis abusos sexuais
Durante a coletiva, Manzatto disse que a princípio não há indícios de que Raíssa Suellen foi abusada sexualmente por Marcelo Alves. A polícia aguarda a conclusão dos exames.
“Pelos exames, a princípio não houve agressão sexual. Foi recolhido o material genético da vítima e vamos aguardar o laudo. A princípio não houve relação sexual. Além disso, o legista não encontrou marcas de tentativa de defesa no corpo de Raíssa. Para o perito, a jovem pode ter sido de alguma forma dopada. Mas ainda precisamos aguardar os exames”, concluiu.
Corpo de Raíssa Suellen é encontrado após depoimento de humorista
Segundo a Polícia Civil, a localização do corpo só foi possível após o próprio investigado indicar o local onde havia enterrado a vítima. Ele compareceu espontaneamente à delegacia, acompanhado do advogado Caio Percival, que afirmou, em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, da RICtv, que seu cliente quis colaborar com as investigações.
Quem era Raíssa: jovem desaparecida após pegar carona com comediante
De acordo com as informações apuradas pela repórter Beatriz Frehner da RICtv, a Raissa veio para a capital paranaense com a ajuda de um comediante que a família conhecia lá da Bahia. Ela foi eleita Miss Serra Branca Teen no ano de 2020, segundo a família.
De acordo com as informações apuradas pela repórter Beatriz Frehner da RICtv, a Raissa veio para a capital paranaense com a ajuda de Marcelo que a família conhecia lá da Bahia. Ele teria levado a menina para morar em sua casa no bairro Ganchinho. A jovem ficou um tempo no local, mas a menina resolveu sair e procurar um novo lar.
O que diz a defesa?
Em entrevista para o Balanço Geral Curitiba, o advogado Caio Percival disse que Marcelo colaborou com as investigações e que as versões apresentadas foram precipitadas.
“A forma como ela foi morta não muda nada na qualificadora da asfixia. Ele contou toda a verdade. A delegada mesmo disse que foi até a casa e não encontrou o enforca gato. Ele colaborou com as investigações e apontou onde estava o corpo. Os exames nem chegaram aos autos ainda. É muito precipitada essa fala. Nós vamos provar que ele colaborou com as investigações”, disse Percival.
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