A Polícia Civil informou neste sábado, 28, que identificou mais duas vítimas do rompimento da barragem da Vale na região de Brumadinho, em Minas Gerais. O total de mortos na tragédia subiu para 259. Outras 11 pessoas continuam desaparecidas em decorrência do colapso da barragem da mina do Córrego do Feijão, em 25 de janeiro deste ano.
Os dois corpos identificados foram de João Tomaz de Oliveira, de 46 anos, e Noel Borges de Oliveira, de 50 anos. Técnicos do Laboratório do Instituto de Criminalística chegaram à identidade das vítimas por meio de exames de DNA.
João Tomaz era funcionário terceirizado e trabalhava como motorista de caminhão-pipa. Ele deixou a esposa, com quem era casado havia quase 20 anos, e dois filhos.
Noel Borges, também funcionário terceirizado, era encarregado de obras e natural de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba (PR).
Há cerca de duas semanas, especialistas contratados pela Vale para relatar as causas do acidente disseram que o projeto e a construção da estrutura tiveram contribuições para seu rompimento. “Especificamente, o projeto resultou em uma barragem íngreme, com falta de drenagem suficiente, gerando altos níveis de água, os quais causaram altas tensões de cisalhamento dentro da barragem”, dizia um trecho do relatório divulgado pela mineradora.