A Polícia Civil de Curitiba espera pelo laudo do Instituto Médico-Legal (IML) para saber se a idosa Terezinha Castro de Lima, de 62 anos, encontrada morta dentro de casa no bairro Tatuquara, em Curitiba, nesta terça-feira (7) sofreu violência sexual.
Segundo a delegada Camila Cecconello, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a cena do crime dá indícios de que ela possa ter sido estuprada, mas apenas o resultado de exames poderá comprovar a suspeita.
“A posição do corpo dela, da roupa íntima sugere que possa ter ocorrido alguma violência sexual, porém isso só será comprovado através do laudo do IML”, explica a
Cecconello ainda completa que a apesar das evidências, como golpes no rosto, a forma com que a vítima foi assassinada também poderá ser determinada apenas pelo laudo.
A princípio, o caso foi registrado como latrocínio já que foram levados cerca de R$ 450 e o celular da vítima. No entanto, a delegada responsável não enviará o inquérito para a Delegacia de Furtos e Roubos até que mais informações sejam apuradas e se tenha certeza de que não se tratou de um homicídio.
O crime
Terezinha foi localizada pelo filho e por um vizinho que quebraram o cadeado do portão da residência depois que ela não atendeu aos seus chamados. Ela estava caída dentro de um quarto da casa onde vivia sozinha e vestia apenas roupas íntimas. Além dos sinais de violência no corpo da vítima, inúmeras manchas de sangue também estavam espalhadas pelo imóvel.
Alguns vizinhos chegaram a relatar que próximo às 11h ouviram choros vindo da residência da idosa. Porém, como a mulher era muito religiosa, acreditaram que poderia ser um momento de oração.

De acordo com familiares, aposentada, a mulher costumava alugar alguns quartos que ficam no mesmo terreno da residência em que foi assassinada. Por isso, eles acreditam que o autor do crime possa se tratar de alguém que já viveu ali ou pelo menos conhecia Terezinha.
Inconformado com a perda da ex-mulher, Antônio, de 74 anos, conta que foi casado com Terezinha por 30 anos e que, atualmente, mesmo separados continuavam amigos e residiam na mesma rua.
O idoso fala com carinho sobre Terezinha e declara que a pessoa responsável pelo crime não tem coração.
“Várias pessoas não têm coração, têm uma pedra no peito. Por que não levaram só dinheiro? Dinheiro a gente ganha outro, mas não levassem a vida da coitada. Para que levar a vida dela, uma coisa que nunca ninguém pode dar de volta. É muito cruel”, desabafa.
Perguntado se consegue perdoar o criminoso, ele completa que o perdão é um dos ensinamentos de Jesus Cristo:
“Como diz Jesus ‘Quem somos nós para não perdoarmos’. O que fizeram com ele, ele perdoou, então, a gente tem que perdoar. Com o coração partido, mas tem que perdoar se quiser um dia chegar na presença do nosso senhor”, diz Antônio.