Corpo foi recolhido quase sete horas depois do homicídio (Foto: ProgramaCop/Arede)

É o segundo caso registrado no Paraná em menos de 60 dias

O Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa levou quase sete horas para recolher o corpo de um jovem de 19 anos, morto na madrugada desta sexta-feira (9), na região dos Campos Gerais do Paraná. O crime aconteceu por volta da uma hora e o IML chegou para recolher o corpo às 7h55. Segundo testemunhas, o jovem, que é motoboy, passava pela avenida quando foi baleado nas costas. Em menos de 60 dias, é o segundo caso de demora no recolhimento de corpos por parte do IML.

Liberação

De acordo com familiares da vítima, até as 11 horas da manhã desta sexta-feira (9) o corpo do jovem não havia sido liberado pelo IML. Às 12h45, a Sesp informou que a necropsia estava concluída e o corpo seria liberado em breve.

Em nota, a Sesp diz que:

A Direção Polícia Científica informa que houve uma questão excepcional que ocasionou a demora no recolhimento do corpo. Na madrugada desta sexta-feira (09/03) foram registradas três ocorrências de homicídios em locais muito distantes e no momento deste último chamado, as equipes já estavam atendendo um outro local. Após fazer atendimento em Telêmaco Borba, a equipe retornou para Ponta Grossa pra atender a terceira ocorrência. Ressalta-se que o Instituto Médico-Legal conta com três veículos em Ponta Grossa, e que, em regra, a unidade recolhe o corpo somente após o Instituto de Criminalística realizar a perícia. Informamos ainda que o secretário da segurança pública determinou uma apuração interna para ver se houve alguma falha de comunicação para acionamento de eventuais outros profissionais. 

Reincidente

No dia 15 de janeiro, Carlos Días, de 18 anos, foi morto em uma tentativa de assalto em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O Instituto Médico Legal (IML) levou quase 13 horas para chegar ao local e os familiares chegaram a improvisar uma tenda em um velório a céu aberto. A família decidiu que vai processar o Estado do Paraná pedindo indenização de R$ 450 mil pela demora no recolhimento do corpo.

De acordo com a Sesp, na ocasião a demora foi justificada por problemas nos veículos, que estavam em manutenção ou cedidos à Operação Verão, no litoral, e por um acidente envolvendo uma das viaturas. O caso também contribuiu para a mudança no comando da pasta, com a exoneração do então secretário Wagner Mesquita, substituído por Julio Cezar dos Reis.

Família improvisou uma tenda à espera do IML (Foto: Thais Tavençoli/RICTV)

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