Cascavel - O bombeiro que ajudou a resgatar as três vítimasde do incêndio em um prédio de Cascavel, no Oeste do Paraná, recebeu alta hospitalar neste domingo (19). O sargento do Corpo de Bombeiros Edemar de Souza Migliorini ficou três dias internado devido a queimaduras de terceiro grau sofridas durante o atendimento.

O bombeiro chegou a postar nas redes sociais um vídeo de agradecimento pelas mensagens carinho recebidas.
“Estou em casa, me recuperando, e continuarei o tratamento. Espero logo retornar ao trabalho no combate a incêndios”, afirmou.
Anteriormente, o bombeiro havia relatado no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) que precisou entrar dentro do apartamento das vítimas para conseguir fazer o resgate da advogada Juliane Suelen Vieira dos Reis, de 28 anos.
“Chegando até ela, vi que não era viável e não havia tempo para montar um sistema e retirar ela de uma forma mais segura. Então, trouxe ela pra dentro do imóvel, dentro do quarto, cobri ela com cobertor pra proteger do calor e saímos pelo caminho que eu entrei, pelo corredor”, disse ele durante entrevista no hospital onde está internado”, completou.
Advogada salva por bombeiro em incêndio no prédio de Cascavel ainda “luta pela vida”

A advogada Juliane Suelen Vieira dos Reis, de 28 anos, que tentou salvar a mãe e o primo no incêndio do prédio em Cascavel continua internada no hospital de referência de queimaduras em Londrina, no norte do estado.
Uma amiga da advogada disse nas redes sociais que o quadro dela neste domingo (19) é estável. Além disso, ela publicou mensagens de reconhecimento pelo esforço da amiga para salvar a família do incêndio.
“Você é nossa força, nossa guerreira, nossa inspiração! Estamos com você e não vamos soltar sua mão nunca”, disse a amiga.
A advogada se pendurou em um prédio de 13 andares para tentar salvar a mãe e um primo de 2º grau. Durante o resgate, a vítima teve 70% do corpo queimado.
Testemunhas registraram o momento em que a advogada se pendurou em aparelhos de ar-condicionado e teve acesso a uma janela do apartamento da família, que fica no 13º andar. Na sequência, outras pessoas também se penduram na estrutura para tentar ajudar as vítimas.
“Muito grito, barulho de portas batendo, daí quando saímos no hall, a gente viu a fumaça pelo apartamento que pegou fogo. Quando abriu a porta o fogo já estava alastrado no apartamento, tentamos apagar com extintor, mas já estava bem tomado. As pessoas já estavam presas para o lado da sacada, não conseguimos salvar”, declarou Patrick Simonetto, que também é morador do 13º andar.
Polícia aponta causa acidental em incidente e deve finalizar inquérito em 30 dias

Em entrevista coletiva, concedida na manhã desta quinta-feira (16), o delegado da Polícia Civil do Paraná (PCPR) Ian Leão disse que a perícia inicial feita no local pela Polícia Científica apontou causa acidental no incêndio.
“A partir que o Corpo de Bombeiros liberou o local para que a Polícia Científica fizesse o exame no local do incêndio, os peritos se dirijam até lá. No presente momento, pelas informações coletadas junto às equipes que trabalharam no local, não existe qualquer indício de incêndio criminoso. Então estamos tratando como incêndio acidental”, explicou o delegado.
A Polícia Civil tem um prazo de 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30, para finalizar o inquérito sobre as causas do incêndio em um prédio de Cascavel.
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