A Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu nesta segunda-feira (16) o inquérito que investiga a morte da escrivã Maritza Guimarães de Souza e da filha Ana Carolina de Souza. De acordo com a delegada Camila Cecconello, Erick Busetti deve responder por duplo feminicídio qualificado.
Em entrevista na sede da DHPP, Camila revelou detalhes de como o crime aconteceu dentro da casa. O principal suspeito pelos disparos, o delegado Erick Busetti, segue preso no Complexo Médico Penal desde o dia dos assassinatos.
Detalhes do crime
Nesta segunda-feira (16), a delegada Camila Cecconello revelou novos detalhes sobre o crime, obtidos pela equipe de investigação. Por meio de imagens das câmeras de segurança, instaladas na parte interna da residência, é possível comprovar que houve pelos menos três horas de briga.
A delegada ainda confirmou que Maritza Guimarães foi morta com sete tiros, e a filha Ana Carolina com seis.
“Ele foi indiciado por duplo feminicídio contra as duas vítimas e também com a incidência de uma causa de aumento de pena, de um terço a metade da pena, por ele ter cometido o crime em frente a descendente da vítima, no caso a filha Heloísa. Através da análise das imagens a gente via que a discussão e o assassinato ocorreu no segundo andar e a filha Heloísa estava no quarto que dá acesso ao segundo andar, com a porta fechada. Embora ela não tenha presenciado, visto o acontecimento ela certamente dentro do quarto ouviu os disparos, ouviu as brigas”, contou a delegada.
As imagens da residência no dia do crime, apontam que o casal teve uma briga intensa momentos antes dos disparos. A delegada revelou que no dia do crime, Maritza trocou mensagens com uma advogada pedindo a separação, pois a situação estava insustentável. Em casa, após uma discussão, a vítima começou a arrumar malas com roupas, como se estivesse se organizando para ir embora.
Enquanto a mulher descia com as malas para levar no carro, Erick Busetti iniciou uma briga com a enteada Ana Carolina. Segundo a investigação, o homem entrou no quarto da adolescente e desferiu golpes de socos e chutes contra ela. No momento que o delegado saia do local, a garota pulou e ficou pendurada em suas costas.

Percebendo o barulho da briga entre os dois, Maritza chegou para separar a filha de Erick. De acordo com a investigação, os personagens da briga entraram em um ponto cego das câmeras, porém, logo em seguida dá para perceber os tiros contra mãe e filha que caem no chão abraçadas.
Logo após o crime, Erick foi ao quarto da filha mais jovem, que era no mesmo andar onde aconteceram os disparos, e tampou o rosto da menina para ela não ver a irmã e a mãe mortas.
Investigação busca detalhes no celular de Erick Busetti
Agora, a investigação da DHPP busca conseguir detalhes sobre as ligações que Erick Busetti fez no dia do crime. De acordo com Camila, ele fez contato com parentes próximos, entretanto o conteúdo das conversas ainda não foi revelado.
Confira mais detalhes: