Três homens foram presos com armas, coletes balísticos, munições e uma caminhonete na manhã desta quarta-feira (16), em uma chácara no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), na capital paranaense. A ação foi realizada pela equipe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Aos policiais, os suspeitos confessaram que são integrantes de facções criminosas.
A operação realizada pelo Cope teve como objetivo desarticular as quadrilhas que estão em uma guerra de facções no Paraná, como explicou o delegado Rodrigo Brown.
“Nós estamos procurando frear essa guerra entre quadrilhas que temos visto no começo deste ano, muitos homicídios com extrema violência, grande quantidade de tiros, e já ficou claro que isso se trata de bandidos combatendo bandidos por conta de disputas por tráfico de drogas, entre outras coisas”,
explicou o delegado.
Dois dos presos tinham mandados de prisão em aberto e o terceiro foi detido em flagrante por tráfico de drogas e posse de arma de fogo. Todos eles já tinham passagens pela polícia. Entre os produtos apreendidos, estavam armas com dispositivos modificados para disparar rajadas de tiros.
“Eles usam esses carregadores de 30 tiros, com esse carregador você aperta uma vez o gatilho e ele dispara toda a quantidade de munições que têm aqui dentro. A arma já é contrabandeada e o dispositivo também é ilegal pois transforma uma arma semiautomática em uma arma automática, e a capacidade de fogo dela aumenta sensivelmente, ela vira uma ‘metralhadorazinha’ portátil”,
pontuou Brown.
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Além de armas, carregadores, munições, bataclavas e coletes balísticos, a equipe também apreendeu maconha, crack, balança de precisão e cerca de mil pinos para embalar cocaína. Além disso, uma caminhonete que havia sido roubada em janeiro de um lava car no bairro Xaxim, em Curitiba, também foi encontrada. A polícia verificou que o veículo já foi usado em uma execução na Região Metropolitana de Curitiba.

Os materiais serão periciados e as informações obtidas pelo Cope serão repassadas para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para apurar o envolvimento dos objetos em homicídios registrados.