
Aproximadamente 1 mil pessoas participaram do ato, que bloqueou parcialmente a BR 277. As cancelas da praça de pedágio foram abertas durante a manifestação
Cerca de mil manifestantes do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST) realizaram na manhã deste sábado (9) uma caminhada pela
BR 277, em direção à praça de pedágio de São Miguel do Iguaçu, na região oeste
do Paraná. Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanham a
manifestação, que bloqueou uma das pistas. As cancelas da praça de pedágio
foram abertas há instantes pelos integrantes do movimento. O protesto está
relacionado à morte de dois sem-terra, ocorrida na última quinta-feira (7) em
Quedas do Iguaçu (PR).
O ato contou com a participação de representantes dos
Ministérios, Parlamentares, organizações e ativistas de direitos humanos,
sindicatos, organizações populares, aliados da luta pela Reforma Agrária, e
assentados e acampados do MST. Segundo os organizadores, foram 5 mil pessoas
presentes no protesto.
PFl vai investigar confronto
O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, determinou à Polícia Federal a
instauração de um inquérito para apurar a morte dos dois integrantes do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O ministro da Justiça determinou
ainda o envio da Força Nacional para a região.
A Polícia Civil do Paraná também
investiga o caso e o Comando-Geral da Polícia Militar determinou a abertura de
um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias do confronto.
O caso
Um confronto entre
policiais Militares e homens do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST) terminou com dois trabalhadores mortos e outros sete feridos
na tarde desta quinta-feira (07). O incidente aconteceu na cidade de Quedas do
Iguaçu, na região oeste do Paraná. De acordo com a Secretaria de Comunicação
Social do Governo do Estado, os policiais estavam indo ajudar a combater um incêndio
numa área conhecida como Fazendinha e foram “emboscados” pelos integrantes do
MST.
Já o MST contesta a versão
oficial da PM e afirma que foram os trabalhadores que sofreram uma emboscada,
preparada por Policiais Militares e seguranças particulares contratados
pela empresa Araupel. Segundo a versão do movimento, não houve confronto algum,
de acordo com o relato das vítimas.
A Polícia Civil divulgou
na tarde desta sexta-feira (08), durante uma coletiva de imprensa, um áudio que
seria de um dos integrantes do MST que ficou ferido no confronto. No áudio
apresentado, um homem afirma que um dos trabalhadores mortos deu um tiro para o
alto e em seguida a PM revidou.