A ausência do nome de Penélope, conhecida nas redes sociais como “Japinha do CV”, na lista oficial de mortos da megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) reacendeu as dúvidas sobre o paradeiro da chamada “musa do tráfico”. Após dias de silêncio e especulações, um suposto vídeo divulgado nas redes sociais chamou atenção.
No material que circula em plataformas como o X (antigo Twitter) e o Instagram, uma mulher parecida com Penélope afirma: “Não caiam em fakes […] tem muita gente caindo em lábia, achando que sou eu”, diz a mulher na gravação.
O pronunciamento, cuja autenticidade ainda não foi confirmada, surge depois que a imagem de um corpo desfigurado, atribuída à jovem, viralizou nas redes logo após o confronto entre forças de segurança e integrantes da facção.
Segundo fontes ligadas à investigação, o cadáver mostrado nas fotos não pertence à Japinha do CV. Policiais envolvidos na operação confirmaram à coluna Na Mira, que o corpo com colete tático e roupa camuflada era de um homem e não da mulher apontada como braço operacional da facção.
Lista oficial sem o nome de Penélope
O governo do Rio de Janeiro divulgou na sexta-feira (31) os nomes dos 115 suspeitos mortos na megaoperação. Nenhuma mulher aparece entre as vítimas identificadas. O fato reforça a tese de que Penélope não está entre os mortos e que seu paradeiro segue desconhecido desde o fim do confronto nos complexos do Alemão e da Penha.
Antes da operação, uma imagem amplamente divulgada mostrava a jovem vestida com roupa militar e empunhando um fuzil, o que alimentou a fama nas redes e entre membros da facção. Fontes da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) apontam que ela atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas.
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Namorado, perfis suspeitos e o “Jogo do Tigrinho”
Um homem identificado como Nathan Nael, que seria o suposto namorado de Penélope, publicou recentemente uma foto ao lado da Japinha do CV com a legenda “Minha Penélope”. A mesma imagem foi compartilhada em uma conta atribuída à jovem, que também divulgou o perfil do rapaz, com mais de 50 mil seguidores e anúncios de parcerias e divulgação do chamado “Jogo do Tigrinho”.
As autoridades investigam se o conteúdo é realmente administrado por Penélope ou se trata de uma tentativa de golpe usando sua imagem.
Fakes, golpes e o apelo da família
Desde o início da operação, diversos perfis falsos têm usado fotos e vídeos da “musa do crime” para espalhar informações falsas, pedir dinheiro via Pix e até divulgar casas de apostas. A irmã de Penélope chegou a se manifestar nas redes pedindo o fim da disseminação de imagens que mostram a jovem supostamente morta.
Apesar dos novos indícios, não há confirmação oficial sobre o paradeiro da Japinha do CV.
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Repórter
Eduardo Teixeira é formado em Jornalismo pela Uninter. Possui experiência em pautas de Segurança, como acidentes e crimes, além de virais da internet, trends das redes sociais e pautas de Cultura. Também atua como repórter de TV e rádio.
