Guilherme Egídio, de 22 anos, conversou com a RICtv nesta quarta-feira (19), após uma reportagem na qual várias ex-namoradas o acusaram de agressão e ameaça ir ao ar na última terça-feira (8). Durante a entrevista, o rapaz contou que logo cedo começou a se envolver com o crime. Ainda adolescente, ele teve 12 anotações criminais, cumpriu medidas socioeducativas e ficou apreendido por cerca de dois anos.
“Com 12 anos minha mãe achou uma .40, 80 buchas de crack e R$ 700 em dinheiro na gaveta do meu quarto. Era meu. Se foi na gaveta do meu quarto era meu, fica tranquilo”,
lembrou Guilherme.
Mas foi após a maioridade que começaram a surgir denúncias sobre seu comportamento violento com as namoradas. Uma delas, que preferiu não se identificar, declarou que o ex teria arremessado rojões e até produtos inflamáveis para tentar atear fogo em sua residência.
“Eu estourei duas portas da casa dela, eu joguei seis litros de gasolina no vô dela, no tio dela, nas camas, no chão, acendi as duas tochas e deixei um menino que estava comigo esperando na porta”,
confessou sobre o assunto.
Apesar de confirmar o crime, o jovem diz que teve seus motivos. “No dia em que eu pedi para ela me ajudar com um serviço e retirar uma moto para eu poder trabalhar. Ela me desrespeitou. No dia em que nós combinamos de ir resolver, ela me bloqueou. Eu arrumei outros celulares, mandei mensagem para ela, ela falou que não ia me ajudar, que não estava nem aí para mim e que ela pensou melhor”.
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Outra ex-namorada de Guilherme relata uma história parecida. Conforme conta, após terminar o relacionamento, que durou apenas uma semana, sua vida virou um “inferno”.
“Ele me ameaçava pelo celular e para minha mãe fingia que estava tudo bem, que ele era bom. Eu não contava nada para minha mãe com medo de ela se apavorar com ele. Neste domingo (16) ele tentou me matar enforcada. Ele queria que eu entrasse na casa dele, eu me recusei, fiquei na rua. Aí tentei correr, quando eu tentei ele puxou meu cabelo e tentou me enforcar”, disse Paula Rocha. A jovem completou dizendo que no momento das agressões pediu ajuda a Deus e, por isso, acredita que tenha sido poupada.
Sobre o fato de ter agredido o próprio pai, Guilherme fala que fez tudo para se defender porque teria sido esfaqueado por ele.
“Meu pai me deu três facadas, uma facada pegou perfeitamente no meu ombro. Ele tem surto psicótico, ele toma remédio tarja preta. Duas facadas só pegaram a jaqueta”,
disse.
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A irmã do rapaz também conversou com a RICtv. Por telefone, ela declarou que por conta do comportamento do irmão, todos já esperam o pior. “Uma hora ele vai mexer com alguém que vai acabar matando ele”, disse.
“Se desde os meus 12 anos, eu já tenho plano funerário, por que eu vou ter medo da morte? Se eu nasci nessa terra apenas para morrer”,
finalizou o rapaz.
A Polícia Civil confirmou que não existe nenhum mandado de prisão contra o jovem.