“Eu não sei como pedir perdão”, diz motorista que matou jovem atropelada durante racha
O motorista de 27 anos que atropelou e matou a estudante de arquitetura Caroline Beatriz Olímpio, de 19 anos, na rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, em frente à Universidade Positivo (UP), na Cidade Industrial de Curitiba, foi preso em flagrante na fim da manhã desta quinta-feira (12).
Enquanto esperava pela chegada dos policiais da Delegacia de Delitos de Trânsito (DEDETRAN), ele conversou com a equipe da RIC Record TV e negou que estivesse praticando um racha no momento do acidente. Visivelmente abalado, o rapaz também declarou que não sabe o que dizer.
“Não é racha, gente, eu nem conhecia o cara [outro motorista]. Eu não sei como pedir perdão”, disse o jovem identificado apenas como Fernando.
Embora o suspeito negue que estivesse disputando uma corrida, várias testemunhas afirmam que viram os dois veículos transitando em alta velocidade e fazendo ultrapassagens perigosas.
“Eu já estava no sinaleiro a hora que eles passaram, eles estavam ultrapassando, um pela direita, outro pela esquerda, eles estavam emparelhando, os dois carros de vocês não estavam a 80 não, tá querido. Vocês assumiram muito bem o risco na hora que vocês mataram essa menina”, declarou indignada uma condutora que presenciou o atropelamento.
De acordo com o Edgar Santana, da DEDETRAN, o crime pelo qual o motorista terá que responder ainda será apurado:
“As informações preliminares apontam que estava ocorrendo um racha, um veículo permaneceu no local, o outro fugiu na sequência. […] Vai ser preso em flagrante delito, o enquadramento legal ainda estamos analisando, precisamos ouvir as testemunhas que presenciaram o fato”, explica.
Motorista procurado pela polícia
Assim que ocorreu o atropelamento, Fernando parou no local e esperou para prestar esclarecimentos, já o outro condutor envolvido fugiu. No entanto, testemunhas tiraram uma fotografia da placa do veículo e a polícia tenta localizá-lo.
“Nossas equipes já estão na rua para encontrar esse elemento e assim que encontrar, ele também será autuado em flagrante delito”, declara o delegado.
Na pista onde a jovem universitária foi atropelada a velocidade máxima permitida é de 60 Km/h. Após ser atingida pelo veículo, Caroline foi arremessada por cerca de 10 metros de distância. Segundo os socorristas do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), quando a ambulância chegou, ela já estava morta.
Conforme conhecidos da vítima, a estudante de arquitetura e urbanismo, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), havia acabado de sair de um condomínio e atravessava a rua para tirar um xerox na UP.