
A polícia qualifica o crime como hediondo, já que não existem provas de que a vítima tenha agido em legítima defesa
A jovem suspeita de matar Edgar Luiz Correia esfaqueado dentro da própria casa no bairro Cajuru, em Curitiba, foi presa no último domingo (24) pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A suspeita completou 23 anos no dia da prisão.
Filha é suspeita de matar o pai no Cajuru
De acordo com a Polícia Civil, existem indícios que a jovem matou o próprio pai enquanto ele dormia. Além disso, não existem provas de que a vítima tenha agido em legítima defesa, tratando-se de um crime hediondo.
A qualificadora da traição, para a polícia, faz-se presente em virtude da ausência de lesões de defesa, como por exemplo, cortes nas mãos. Além disso, a perícia afirmou que a vítima foi atacada quando estava deitada -dormindo- no momento do crime.
Homem foi morto enquanto dormia
Foi comprovado pela polícia que no dia do crime, por volta das 8h, a jovem, identificada como Yasmim, desferiu um golpe na região torácica e, em seguida, no pescoço do seu pai, tentando alcançar a jugular.
No dia do crime, foi encontrado um vestido com sangue e a arma do crime. Ainda segundo o delegado, a casa foi encontrada revirada. “Aparentemente a vítima foi pega de forma sorrateira, mediante traição”, contou o delegado Tito Barichello. Segundo moradores, a briga entre pai e filha eram frequentes e só moravam os dois na residência.
A suspeita está presa e segue à disposição da justiça
De acordo com o delegado, não há dúvidas de que a filha é a autora do crime. A polícia esteve no local dos fatos e a situação, segundo Barichello, é gravíssima, porque as lesões ocorridas na vítima demonstram que ela não ofereceu resistência. “Não há marcas ou lesões de defesa na mão, apesar da vítima ter sido ferida com uma faca que é um instrumento cortante, mas, que no caso, agiu como um instrumento perfuro cortante. Além disso, as lesões encontradas na vítima são exatamente do tamanho da lâmina”, ilustra o delegado.
Supeita alegou ter sofrido tentativa de feminicídio
A suspeita confirmou que matou o pai e reconheceu a faca como instrumento do crime. No entanto, alega ter sofrido tentativa de feminicídio. O delegado descarta essa possibilidade. “É uma alegação em descompasso com as provas, porque diz ela, que o pai estava batendo com uma tábua em sua cabeça, mas, no seu interrogatório, constou que ela não tinha lesão alguma. Ela foi encaminhada para o IML para o competente laudo de exame de corpo de delito”, explica.