A motivação do crime contra Anderson Alves da Silva, de 19 anos, que foi morto na noite desta terça-feira (19), em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, segue sendo investigada. O jovem foi executado com quatro tiros, no momento que estava acompanhado de uma adolescente de 13 anos no carro. O pai da menina, que seria sogro de Anderson é apontado como principal suspeito pelos disparos.

Nesta quarta-feira (20), familiares de Anderson se pronunciaram e foram contra as acusações que o jovem morto vem sofrendo. De acordo com a madrasta do rapaz, Anderson e a adolescente mantinham um relacionamento há mais de um ano e inclusive ela frequentava com frequência a casa onde o jovem morava, nos fundos do seu terreno.

“Ele era apaixonado por ela. Ela fugia da escola e vinha ficar com ele aqui”, conta emocionada Maria Odete, madrasta de Anderson.

Polícia investiga morte em Campo Largo

Como o principal suspeito pelo crime permanece desaparecido, a motivação da morte segue misteriosa. A investigadora da Delegacia de Campo Largo informou que tentou conversar com a adolescente, que está internada no Hospital do Rocio, porém, até agora não conseguiu.

“O estado dela é em choque e foi levada para lá (Hospital do Rocio). Eu tentei falar com ela essa manhã e ainda não consegui. Estou dando esse espaço para ela não ser duplamente vitimada. Tentar pelo menos conversar com ela ou com a mãe”, contou Loriane Plath.

A investigadora ainda revelou que a Polícia Civil trabalha com duas linhas para o crime. “A primeira versão é que ele (Anderson) tinha sequestrado a mãe e a menina, mantido em cárcere privado, estava sufocando e tentando esfaquear a garota de 13 anos. A segunda versão é que ele teria feito tudo isso na casa dela mesmo, ele não queria terminar o relacionamento e ele fez todas as agressões nela lá, fugiu. Então a mãe entrou em contato com o pai, que encontrou o Anderson e efetuou pelo menos quatro disparos que atingiu o jovem”, informou Loriane.

crime em campo largo
Corpo de jovem ficou dentro do carro após disparos (FOTO: DIOGO CORDEIRO/ RIC)

Ainda em buscas pelo pai da adolescente, que teria cometido o crime, a investigação aponta os caminhos que o suspeito pode responder. “No primeiro momento o homem seria um pai, em situação de extrema emoção, e foi lá em defesa de terceiros, sua filha. E no segundo momento ele seria um homicida frio”, comentou a investigadora.

Família de Anderson está revoltada

Nas redes sociais, a mãe e uma tia de Anderson mostraram indignação com a brutalidade que o jovem sofreu. Segundo a mãe, o filho nunca foi pedófilo e mantinha um relacionamento com a adolescente há mais um ano. A mulher informou inclusive que os dois chegaram a morar juntos em Coronel Vivida, porém, foram convencidos a retornar para Campo largo.

A madrasta de Anderson, que morava no mesmo terreno que o rapaz, permanece revoltada com o crime. Segundo Maria Odete, a atitude do homem não justifica qualquer ação. “Eu queria muito bem ela, não esperava que fosse acontecer isso. Eu não perdoo ele (pai da adolescente) de jeito nenhum, por tudo que aconteceu. Nem ela, nem a mãe dela e nem ele. Não precisava ter matado ele, não quisesse falasse assim ‘eu não quero que ela namore com ele’. Está sendo muito sofrido”, lamentou a madrasta.

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.