Diego Augusto de Lima Santos, de 23 anos, jovem que confessou ter matado Danilo Roger Bido Ferreira, de 32, afirmou ser serial killer por “puro prazer”, em depoimento à Polícia Civil. O suspeito foi localizado após peritos identificarem impressões digitais no carro de uma das vítimas.

Durante o depoimento em que a Ric RECORD teve acesso, o investigado relatou ter matado Danilo Roger Bido Ferreira, 32 anos, em 31 de agosto, e assumiu envolvimento em outras três mortes ocorridas neste ano na cidade. Ao responder sobre o motivo do ataque contra Danilo, Diego declarou: “De nada. Puro prazer”.
Relembre a morte de Danilo Roger Bido Ferreira
Danilo era morador de Toledo e viajava com frequência para Iporã, onde residia a mãe. No dia em que desapareceu, participou de um evento e, de acordo com testemunhas, aparentava estar tenso e usava o celular repetidas vezes. Já em Iporã, afirmou à mãe que sairia por alguns minutos para buscar um carregador emprestado, mas a pessoa citada não estava na cidade.
Câmeras registraram o carro dele circulando com outra pessoa no banco do passageiro. No dia seguinte, um casal encontrou o corpo na zona rural de Iporã, próximo ao veículo. Danilo sofreu 18 golpes de faca.
Declaração sobre outros crimes
No depoimento, Diego descreveu a suposta participação em três homicídios:
- José Antônio Rodrigues Gaia, 61 anos, localizado morto em um bosque em 19 de março;
- Luiz Delfino, 54 anos, seu vizinho, encontrado sem vida dentro da própria casa em 17 de abril, caso inicialmente tratado como morte natural;
- Gilberto de Lucca, 45 anos, morto em 4 de setembro.
Conforme a Banda B, a Polícia Civil determinou a exumação do corpo de Luiz Delfino. Familiares informaram que ele enfrentava problemas de saúde. A reabertura do caso ocorreu após a confissão do suspeito.
Durante o interrogatório, Diego disse: “Eu matei um mendigo no bosque, eu matei o meu vizinho, aquele gordo que vocês deram a morte dele por causas naturais, eu matei aquele homem no bar da grandona. Não tem motivo pra matar o Danilo. Não tem. Eu sabia que ia ser preso porque o caso repercutiu bastante. Só esperar vocês”.
O delegado responsável, Luã Mota, afirmou que o comportamento do preso chamou atenção. Em outro trecho do depoimento, Diego afirmou: “O buraco é mais embaixo do que você pensa, mano. Eu sou um serial killer. […] Esse foi meu erro… por isso que vocês me pegaram. Vocês me pegaram porque eu fui no carro pegar o celular. Eu estava com as luvas lá na blusa. Eu esqueci de pôr a minha luva”.
Investigação envolveu amigo da vítima
Antes da prisão de Diego, o estudante de Direito Juan Lucas, amigo de Danilo, teve a prisão temporária decretada. Ele permaneceu um mês na cadeia após a polícia identificar registros do celular dele na mesma área onde o corpo de Danilo foi encontrado. O advogado do jovem informou à Banda B que ele foi liberado.
A polícia apurou que mensagens no celular de Juan estavam apagadas no período do crime, o que levantou suspeitas. Ele relatou à Ric RECORD a experiência: “Eu me senti perdido, assustado. Foi muito humilhante.”
Homem afirma ser serial killer: defesa aponta transtorno psiquiátrico
Os advogados de Diego afirmam que ele tem esquizofrenia paranoide, diagnosticada na infância, e sustentam que o transtorno pode levar a relatos distorcidos ou inventados. A defesa considera que as confissões não devem ser tratadas como definitivas até a conclusão das perícias.
A Polícia Civil segue com diligências e aguarda resultados técnicos para confirmar se os relatos do preso correspondem aos casos registrados na cidade.
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