
Jovem teria sido executado por policiais militares antes do incêndio atingir moradias na CIC, durante ocupação da PM após a morte do soldado Erick Norio
Informações obtidas em primeira mão pela RICTV | Record TV revelam que testemunhas estão sob proteção do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por apontarem que o jovem Gabriel Carvalho, 17 anos, teria sido executado por policiais militares antes do incêndio atingir moradias na CIC, em Curitiba, após a morte do policial Erick Norio.
Jovem executado na CIC
O assassinato de Gabriel teria ocorrido antes ou durante a ocupação da Polícia Militar e do incêndio que atingiu cerca de 300 moradias, na Vila 29 de Março, na CIC. A vítima foi encontrada morta no acampamento depois da saída da PM.
O jovem teria sido morto ao flagrar, com um celular, policiais militares ateando fogo nas moradias da CIC, na região sul da capital paranaense. Gabriel teria sido atingido com dois tiros na nuca – a causa ainda precisa ser esclarecida oficialmente pelo Instituto Médico Leal (IML).
Próximo ao local onde a vítima foi encontrada, um cartão de débito – que pertence a um policial militar do 23º Batalhão da Polícia Militar do serviço reservado – foi achado no local e deve ajudar na instigação do Gaeco.

Vídeo mostra PMs atirando na CIC
Um vídeo obtido com exclusividade pela equipe da RICTV | Record TV foi gravado no dia em que o policial militar Erick Norio foi assassinado. Nas imagens, homens com colete da Polícia Militar aparecem atirando dentro da Vila Corbelia. Eles saem de uma caminhonete e efetuam ao menos cinco disparos.
Os dois foram identificados e afastados pelo comando da PM. O advogado Claudio Dalledone Junior assumiu a defesa dos dois policiais. Veja o vídeo!
Homem preso suspeito de matar PM na CIC nega que tenha atirado
Antonio Francisco dos Prazeres Ferreira, de 33 anos, preso suspeito de ter matado o policial militar Erick Norio na Cidade Industrial de Curitiba, voltou atrás e negou que tenha atirado. Segundo o preso, ele teria assumido o crime por “pressão” e para “não perder a família”.
Em depoimento no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o homem voltou atrás na versão apresentada quando foi preso sobre a morte do PM, na Vila Corbelia, na CIC. “No entendimetno dele, as ameaças cessariam”, diz o advogado. “Ele sentiu-se coagido. O próprio processo vai demonstrar que ele não é o participante”, completou.
Assista à reportagem completa sobre o caso na CIC:
O repórter Ricardo Vilches, da RICTV, traz todos os detalhes dos desdobramentos na Vila Corbelia, na CIC, em Curitiba.