Bruno dos Passos estava desaparecido há quase uma semana e foi encontrado nesta quarta-feira (5) da pior maneira possível. Em uma cova rasa, sob uma casinha de cachorro, o adolescente jazia com um tiro no rosto. A sepultura foi improvisada no quintal da casa de um amigo, que a vítima costumava frequentar.

O tiro que atingiu o olho de Bruno teria sido disparado acidentalmente por um amigo do garoto, que confessou o crime ocorrido quando a vítima estava com dois amigos na casa.

A morte aconteceu quando um dos jovens foi mostrar uma arma que possuía aos amigos.

Os adolescentes confessaram à polícia que a pistola 9 mm estava sem pente, mas com uma bala na agulha. Após o tiro, Bruno teria caído se debatendo e os dois jovens entraram em pânico. Ao invés de pedirem ajuda e tentar salvar o amigo, usaram um pano para sufocar a vítima até a morte. Em seguida, cavaram a cova no quintal, que foi coberta por um tapume e a casinha do cachorro.

A Polícia Civil encontrou o corpo no local após os adolescentes entrarem em contradição em seus depoimentos. A versão inicial era de que os três teriam pegado carona em um trem na região e que Bruno teria caído de um vagão.

Em entrevista coletiva, o delegado da Polícia Civil, que cuida do caso, Wellington Yugi Daikubara, disse que há indícios de que Bruno foi morto por sufocamento e não em decorrência do tiro. “Ainda precisamos esperar o lauto da necropsia, mas ao que se pode perceber previamente é que o adolescente foi morto por asfixia e não pelo tiro. Segundo o que os meninos confessaram Bruno estava vivo depois que o tiro foi disparado. Se eles tivessem chamado ajuda, a vítima poderia ter sobrevivido. Mas ainda é cedo para afirmar com precisão. Assim que o laudo estiver pronto, concluiremos a investigação”, discorreu Wellington.

O delegado também destaca que as a polícia trabalha com as possibilidades dos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e obstrução da justiça.

O menino Bruno foi devidamente enterrado na manhã desta quinta (6).