
Na época do crime, a mãe afirmou que Maria Clara passou mal e foi medicada com Buscopan. O pai teria sumido com o corpo
O Tribunal do Júri de Rolândia, na região norte do Paraná, condenou na noite de quinta-feira (20) os pais de Maria Clara Moises Cavalcanti, de 4 anos, morta em 2016. A mulher recebeu pena de 28 anos e oito meses de reclusão, e o homem, 28 anos e um mês. Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), a pena do réu foi menor porque ele confessou o crime de ocultação de cadáver.
A 3ª Promotoria de Justiça da Comarca, que atuou na acusação, defendeu a tese de homicídio com quatro qualificadoras (motivo fútil, emprego de asfixia, dificuldade de defesa da vítima e feminicídio), além do crime de ocultação de cadáver.
O corpo de Maria Clara foi encontrado no dia 04 de janeiro de 2016, já em avançado estado de decomposição. O cadáver estava em um terreno baldio no Jardim Monte Carlo II, em Rolândia. Os moradores perceberam o cheiro forte e pensaram se tratar de um animal morto, mas quando chegaram ao local encontraram o corpo da criança.
O caso intrigou a Polícia porque não havia registro de nenhuma criança desaparecida na cidade.
Na época, o assassinato causou grande repercussão por envolver criança, por não ter sido registrado nenhum caso de desaparecimento de menina na região (o que dificultou a identificação) e, posteriormente, pela descoberta de que os responsáveis pela morte eram os próprios pais, que, após o crime, fugiram para São Paulo.
Assista a reportagem do Balanço Geral Londrina sobre o caso:
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