A Justiça confirmou para o próximo dia 12 de maio o júri popular do caso Rachel Genofre. O réu Carlos Eduardo dos Santos permanece preso, após ser encontrado 11 anos depois do crime. A garota, de apenas 9 anos, foi encontrada morta, dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba, após desaparecer no dia 3 de novembro de 2008.
O acusado do crime só foi identificado 11 anos após a brutalidade. Um trabalho conjunto entre as bases de dados de São Paulo, Brasília e Paraná permitiu que o indivíduo fosse reconhecido. Carlos Eduardo estava preso desde 2016, em Sorocaba (SP), por causa de outros crimes.
Em outubro de 2019, o acusado foi transferido para Curitiba para prestar depoimentos. Já em junho do ano passado, as audiências com testemunhas de acusação e defesa foram realizadas de maneira virtual, devido a pandemia.
No mês de novembro do ano passado, a Justiça determinou o júri popular. A decisão foi da juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri da Região Metropolitana de Curitiba. Nesta semana, a data foi definida e a mãe de Rachel Genofre confirmou. O réu irá a júri no dia 12 de maio.
Relembre o crime – Caso Rachel Genofre
O crime contra Rachel Genofre chocou o Paraná. A menina de 9 anos desapareceu no dia 03 de novembro de 2008, após sair da escola, que fica na Rua Emiliano Perneta, no centro de Curitiba, e foi vista pela última vez na Rua Voluntários da Pátria, próximo à Praça Rui Barbosa.
O corpo foi encontrado na madrugada do dia 05 de novembro, dois dias depois do desaparecimento, dentro de uma mala, embaixo de uma escada na Rodoferroviária de Curitiba. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a pequena foi estuprada, agredida, queimada com cigarro e morta por asfixia.
Após 11 anos de investigação, em setembro de 2019, a Sesp chegou a identificação do suspeito. Uma base de dados entre Paraná, São Paulo e Brasília, permitiu confirmar que Carlos Eduardo dos Santos foi o responsável pela morte de Rachel Genofre. O homem estava detido na Penitenciária 2 da Comarca de Sorocaba, em São Paulo, desde 2016 após ser detido pelos crimes de estelionato e adultério, além de ser acusado de estupro.
A ficha do homem de 54 anos é bastante extensa e de acordo com a Sesp, o primeiro crime cometido por ele foi em 1985, abuso sexual contra meninos. Depois do assassinato de Rachel Genofre, o homem praticou outros crimes.

Até ser preso, Carlos Eduardo dos Santos cometeu estelionatos:
- 2011: três estelionatos em Poá, Itaquaquecetuba e Criciúma;
- 2012: dois estelionatos em Iaras e Santa Catarina;
- 2015: dois estelionatos em Suzano;
- 2016: quatro estelionatos em Suzano, Poá e Mogi das Cruzes;