
Prisão da suspeita, que era temporária, passa a ser preventiva após a decisão. Rodrigo Federizzi tinha 32 anos e morreu com um tiro no pescoço no dia 28 de julho
A Justiça acatou nesta segunda-feira (12) a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) para que Ellen Homiak, de 33 anos, se torne ré no processo da morte do marido, o policial militar Rodrigo Federizzi, de 32 anos. Após a decisão, a prisão da suspeita, que era temporária, passa a ser preventiva.

O inquérito do caso foi finalizado pelo delegado Fábio Amaro, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e entregue ao MP-PR. Para o delegado, a suspeita agiu sozinha.
Relembre o caso
O policial militar Rodrigo Federizzi desapareceu no dia 28 de julho. A esposa, Ellen Homiak, afirmou, em depoimento, que matou o marido após uma discussão. Segundo ela, Federizzi ameaçou interná-la em uma clínica psiquiátrica e fugir com o filho, de nove anos. Nesse momento, segundo a suspeita, ela pegou a arma do marido, que estava na cabeceira da cama, e efetuou um único disparo no pescoço da vítima. Ellen foi presa no dia 10 de agosto após a polícia encontrar manchas de sangue na casa da família.
Depois da execução, a mulher disse que cobriu o corpo e saiu do apartamento durante a tarde. Sem saber o que fazer com o cadáver, ela foi até uma loja de ferragens e comprou uma pá. Imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que Ellen chega ao local. Em seguida ela voltou para casa, deixou o corpo em um quarto fechado e foi jantar na casa de uma vizinha.
Ao voltar para casa, durante a madrugada, Ellen contou que teve a ideia de serrar as penas do companheiro. Segundo ela, tudo foi feito com uma faca de caça, que estava na cozinha. Ao chegar no osso dos membros, ela utilizou uma serra para terminar de esquartejar o corpo.
Depois de ensacar o cadáver, ela colocou as pernas e o tronco em uma mala, jogou no carro e foi até Araucária, já na tarde do dia 29 de julho, onde enterrou o corpo. Ao retornar para casa, ela iniciou a limpeza do imóvel. A arma do crime, segundo Ellen, foi jogada na Represa do Passaúna, na Região de Curitiba.