'Justiça feita, mas minha filha não volta', diz mãe de morta com mãos arrancadas

Ester de Oliveira, mãe de Eunice de Oliveira, mulher de 33 anos encontrada morta em uma cova rasa nos arredores da zona urbana de Sengés, nos Campos Gerais do Paraná, disse que a Justiça foi feita, mas que a filha não volta mais. A vítima foi encontrada com sinais de tortura, queimada e com as mãos arrancadas.

Em entrevista à RICtv, a mãe afirmou que tinha pouco contato com a filha, e uma disputa judicial lhe garantiu a guarda dos três netos. Segundo Ester, Eunice era usuária de drogas e estava fugindo de traficantes que a acusavam de desviar dinheiro de um ponto de venda de entorpecentes, estimado em R$ 5 mil.

A polícia prendeu quatro suspeitos de envolvimento no assassinato de Eunice, ocorrido na cidade. Um dos detidos foi levado algemado pelos pés e mãos para a sala de interrogatórios, mas permaneceu em silêncio diante do delegado. Os outros três suspeitos também não prestaram depoimento.

A vítima foi encontrada em uma área de mata dentro da zona urbana da cidade, próxima a um conjunto habitacional. O corpo estava a cerca de um quilômetro da trilha principal. Um morador que procurava seu cachorro notou o animal farejando um local de forte odor e revirando a terra. A chuva do dia anterior revelou o corpo em uma cova rasa. A perícia constatou fraturas no crânio e na mandíbula, além de cortes que resultaram na amputação das mãos da vítima. Os indícios apontaram sinais de tortura.

Com o corpo encontrado, quatro suspeitos presos e o mandante identificado, a polícia considera o crime esclarecido. No entanto, para dona Ester, a resolução do caso não traz alívio.

“A Justiça foi feita, né? Só que a minha filha não volta mais. Eles (os policiais) prenderam, estão presos. Quero que apodreçam na cadeia, porque tiraram a mãe de três filhas tristes, pois eles precisavam dela ainda”, disse a mãe da mulher encontrada morta com as mãos arrancadas.

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