
A defesa pediu a liberdade de Mauro Sampietri e ingressou com recurso na Justiça, mas a acusação conseguiu mostrar que há indícios suficientes pra manter acusado de esquartejar e queimar a mulher atrás das grades
*Com informações do repórter Daniel Santos, da RICTV Curitiba
A juíza Taís de Paula Scheer, da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, negou o pedido de liberdade a Mauro Sampietri nessa segunda-feira (22). Na decisão, a juíza disse que “há risco concreto de reiteração criminosa, real propósito de interferir e inviabilizar a regular apuração criminal em curso. Custódia necessária para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal”.
Mauro Sampietri é acusado de feminicídio, com violência doméstica e famíliar. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) o acusa de matar, esquartejar, queimar e ocultar partes do corpo da esposa, Claudete Sampietri. Com a decisão judicial, ele permanece preso na penitenciária de Piraquara, ao que tudo indica, até ser submetido a júri popular.
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Um dos motivos que levou a justiça a mantê-lo preso foi uma denúncia que chegou ao MP-PR no fim de abril passado. A denunciante é a filha do casal, Tania Cristina Sampieri. Para o MP. A decisão de manter Mauro preso serve como medida protetiva em favor da filha e de outros familiares.
Ela disse ao MP que, no dia 19 de abril, por volta das 4h30 da tarde, seu telefone fixo tocou várias vezes. Eram ligações a cobrar que ela resolveu atender. Do outro lado da ligação, Mauro Sampietri, o pai, perguntou do genro. A filha disse que ele não estava. Mauro disse que precisava de ajuda, pediu chinelos e óculos. O problema é que Mauro já estava preso em Piraquara e a ligação foi a partir de um celular dentro da penitenciária.
O promotor José Luiz Loreto de Oliveira considerou a ligação ameaçadora. No dia 26 de abril, a informação foi repassada à direção do presídio, que levou o caso ao conselho disciplinar. Em uma revista na cela, dois celulares foram apreendidos e Mauro Sampietri foi punido com 20 dias de isolamento sem direito a visitas.
Veja a reportagem exibida no Balanço Geral Curitiba:
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