A defesa do suspeito desejava mudar a data dos procedimentos no apartamento. (Foto: Reprodução/Facebook)

A perícia no apartamento de onde a advogada caiu em Guarapuava está marcada para esta sexta-feira à noite

A juíza Paola Gonçalves Mancini, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, na região central do Paraná, negou nesta sexta-feira (27) o pedido da defesa de Luis Felipe Manvailer, de 32 anos, para transferir o data da perícia que será realizada no apartamento onde Tatiane Spitzner, de 29 anos, morreu no domingo (22). Os procedimentos estão marcados para esta noite. 

Luis Felipe, marido da advogada, é considerado suspeito pela morte da esposa e está preso desde domingo.

Claudio Dalledone Júnior, advogado de defesa sediado em Curitiba, capital do estado, alegou que a perícia foi marcada sem aviso prévio, o que impossibilitava o comparecimento de representantes do suspeito no local. Ainda segundo Dalledone, o clima de comoção tomado após a morte de Tatiane seria mais um motivo para a presença “da defesa constituída do indiciado”.

Em resposta, a juíza afirmou que o inquérito policial é presidido pela autoridade policial e não compete a ela interferir nas deliberações. A magistrada ainda ressaltou que a defesa deve entrar em contato com o delegado de polícia responsável pelas investigações para fazer tal pedido. (Leia o documento abaixo)

Perícia no apartamento onde Tatiane caiu

Peritos da Polícia Civil devem realizar os procedimentos na noite desta sexta (27). De acordo com o delegado responsável pelo caso, Bruno Macionek, haverá medição do local da queda e outras avaliações que devem ajudar na conclusão do inquérito policial. O local será totalmente isolado e os moradores retirados do prédio para a realização do procedimento.

Segundo a polícia, a análise que será feita no prédio onde o casal morava não é propriamente a reconstituição simulada dos fatos ocorridos no domingo (22) – dia da morte da advogada -, por não contar com a participação de testemunhas e do principal suspeito da morte, o marido dela, Luis Manvailer.

Leia mais: Advogada morta em Guarapuava pediu socorro, diz testemunha à polícia

Morte da advogada em Guarapuava

Tatiane morreu após cair do quarto andar na madrugada de domingo. Na ocasião, ela teria brigado com o marido por causa de mensagens de celular em uma festa. “Ele disse que estava junto com a esposa comemorando o aniversário em um Lounge lá da cidade de Guarapuava quando de repente a esposa dele pediu para dar uma olhada no celular dele. Ele se negou a que ela examinasse o celular e daí começou a discussão que se acalorou quando eles já estavam em casa”, disse  o delegado Francisco Sampaio, da Polícia Civil de São Miguel do Iguaçu, à equipe da RICTV.

Na sequência, segundo o depoimento do marido, ela foi para a sacada e se jogou do quarto andar. “Lá ela tentou sair correndo, avançou sobre ele, ele foi de acordo com ele, ele somente segurou ela sem fazer força, ela se desvencilhou dele e teria rumado para a sacada, quando sem mais nem menos, de acordo com a versão dele, ela teria se jogado”, contou o delegado.

Câmeras de segurança flagraram o exato momento que o corpo de Tatiane cai e quando Luis desce, pega a jovem ensanguentada no colo e volta para o apartamento. Ela foi deixada no chão da sala. 

Imagens do circuito interno também mostram o marido da advogada deixando o local após o incidente. Luis pegou o carro da esposa e seguiu sentindo Foz do Iguaçu, no oeste do estado. Porém, acabou se envolvendo em um acidente de trânsito na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, próximo de Foz, abandonou o veículo e foi preso ao ser flagrado vagando às margens rodovia.

Confira a matéria sobre a perícia no apartamento da advogada em Guarapuava:

O Cidade Alerta Paraná está em Guarapuava acompanhando todos os desdobramentos do caso.

Leia o documento na íntegra:

O documento foi expedido nesta sexta-feira. 

Documento emitido pela juíza Paola Gonçalvez Mancini. (Foto: Reprodução)

 

*Com informações de Giuli Kuiava, produtora da RICTV Curitiba

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