A justiça do Paraná solicitou a extradição do ex-policial militar Kleber Giglio Norberto, réu por atropelar e matar quatro mulheres em um acidente na Linha Verde, em julho de 2018. Na época, um laudo pericial apontou que a viatura trafegava a 138 km/h e que o agente não estava em uma ocorrência. Durante o processo, o ex-PM se mudou para os Estados Unidos.

O Ministério Público do Paraná solicitou a extradição do ex-PM denunciado pelo crime de homicídio doloso, que estava foragido nos Estados Unidos. Ao tomar conhecimento de que o réu estaria residindo no estado norte-americano de Utah, a 3ª Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida requereu a inclusão de seu nome na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Recentemente, foi comunicado à unidade ministerial que o denunciado se encontrava detido naquele país por violação de leis migratórias. O pedido de extradição será formulado pelo Tribunal de Justiça, a partir do Setor de Cooperação Jurídica Internacional, em resposta ao pedido da Promotoria de Justiça de cumprimento do mandado de prisão já existente contra o policial.
O advogado Nilton Ribeiro, responsável pela defesa do ex-policial, declarou que o pedido de extradição é equivocado.
“A acusação contra o Ex-Policial Kleber Giglio Norberto e o pedido de extradição são completamente equivocados. Kleber na condição de Policial Militar se envolveu em um acidente. Falar em dolo eventual é um grave erro que iremos corrigir no decorrer do processo”, comentou Nilton Ribeiro.
Acidente com mortes na Linha Verde
O acidente na Linha Verde ocorreu no dia 31 de julho deste ano. Na ocasião, a viatura da PM seguia em alta velocidade pela canaleta quando perdeu o controle, bateu em um ponto de ônibus e atingiu um veículo que seguia na pista contrária.
Todas as vítimas fatais estavam no ponto de ônibus, à espera do transporte coletivo, quando foram atropeladas. Elizandra Maltezo Araújo Lustoza, de 32 anos e Vergínia Gouvea Enes, de 67 anos, morreram no local. Já Fabiana Maria da Silva, de 29 anos, e Franciele Aparecida dos Santos, de 33 anos, chegaram a ser socorridas e encaminhadas a um hospital, mas também não resistiram aos ferimentos e morreram.
Além das quatro mulheres, um policial militar, que dirigia o automóvel, também sofreu ferimentos e foi encaminhado para o hospital. Ele recebeu alta no mesmo dia. Veja uma reportagem da época do acidente:
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