A Justiça mandou soltar o motorista que capotou uma BMW e atropelou um funcionário que trabalhava na BR-277. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (17) e o juiz impôs várias restrições ao motorista. A polícia investiga a possibilidade de que o homem estivesse praticando um racha.

De acordo com a decisão do juiz Antonio Domingos Ramina Junior, o motorista, que ainda está internado, deve seguir várias restrições. Entre elas está a de comparecer bimestralmente em juízo, para informar e justificar as atividades.

Ele também está proibido de sair da cidade onde mora enquanto a investigação não acabar e, também, até a instrução processual. O motorista também não vai poder sair de casa nos períodos noturnos e nos dias de folga.

Investigações do acidente que matou trabalhador

O acidente, que matou o trabalhador, aconteceu na tarde de segunda-feira (13). O motorista Silvio Eduardo de Alencar, de acordo com a concessionária, invadiu o sentido contrário da BR-277 ao capotar o carro.

Com o capotamento, a BMW de Silvio atingiu Marcelo Trindade, que trabalhava na limpeza da rodovia e prestava serviços terceirizados à concessionária. Ele morreu na hora. Na terça-feira, familiares se despediram de Marcelo e pediram Justiça.

Por causa da pancada, o motorista da BMW ficou ferido. Ele foi encaminhado ao Hospital Evangélico Mackenzie, onde ficou internado sob escolta policial.

Conforme a Polícia Civil, há possibilidade de que Silvio estivesse praticando um racha. Investigadores ouviram, inclusive, testemunhas que confirmaram que a BMW e outro carro estavam disputando corrida.

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Motorista foi autuado por homicídio doloso

Conforme a polícia, Silvio foi autuado por homicídio doloso (quando há a intensão de matar por não seguir as regras de trânsito). Ele também foi autuado pela suspeita de praticar racha.

Em nota, a defesa de Silvio disse que “o motorista foi ultrapassado ilegalmente por um outro veículo, o que fez com que ele perdesse a estabilidade, caindo no canteiro central da rodovia e capotando”. Segundo os advogados, Silvio não conhecia o motorista que o ultrapassou.