A menina tinha seis anos e chegou morta na UPA; exames comprovam que não houve violência sexual
No início de março, o RIC Mais noticiou o caso de uma menina de seis anos que chegou morta à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Alto Maracanã, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.
Na ocasião, o médico que examinou a criança acionou a polícia, pois afirmou que a menina apresentava marcas que levantavam suspeita de abuso sexual.
Nesta quinta-feira (30), o Instituto Médico Legal (IML) divulgou laudo apontando que a criança morreu de pneumonia e que o corpo dela não apresentava nenhuma lesão que indicasse violência física ou sexual. “Ausência de sinais ectoscópicos sugestivos de violência física; região perineal (região vaginal) sem lesões, membrana hímenal (hímen) íntegra (…); região perianal (região do ânus) sem fissuras ou outras lesões”, diz um trecho do laudo.
Os legistas também realizaram exames complementares para pesquisa de sêmen tanto nas roupas quanto no corpo da vítima. Os exames “resultaram negativos, não sendo evidenciadas alterações consistentes com ato libidinoso”.
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Quando a notícia sobre a suspeita de abusos contra a criança foi divulgada, vizinhos da família fizeram um protesto em frente à casa, agredindo verbalmente os moradores. O muro da residência foi pichado com a frase: “Aqui mora um estuprador”.
No dia do protesto, a polícia teve que escoltar o pai da menina até a delegacia, pois os manifestantes ameaçavam linchar o homem. Depois disso, a família mudou de endereço.
Na ocasião da morte, os avós afirmaram à polícia que a criança estava gripada há alguns dias e que já haviam levado a menina para uma consulta na mesma UPA dias antes da morte.
Na manhã do dia 3 de março, eles teriam tentado acordar a criança, mas ela não respondia, e então resolveram levá-la até o posto de saúde novamente. O laudo do IML atestou que a criança morreu vítima de uma broncopneumonia.
