
A investigação tem como alvo operadores no mercado financeiro em benefício de investigados na Lava Jato
A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (28) a 39ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Paralelo, no intuito de cumprir seis ordens judiciais expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
A investigação, que apura a atuação de operadores no mercado financeiro em benefício de investigados na Lava Jato, prendeu o ex-gerente-executivo de Engenharia da Petrobras Roberto Gonçalves, em Boa Vista (RR). Ele é apontado como beneficiário de diversos pagamentos em contas clandestinas no exterior, feitos por empreiteiras.
“A atuação teria se dado no âmbito de uma corretora de valores que é suspeita de ter realizado a movimentação de recursos de origem ilícita para viabilizar pagamentos indevidos de funcionários e executivos da Petrobras”, informou a PF, por meio de nota.
De acordo com a PF, o nome da operação – paralelo – é uma simples alusão a atuação clandestina à margem ou paralela aos órgãos de controles oficiais do mercado financeiro por parte dos investigados. Também estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro.
A última fase da Lava Jato foi deflagrada em 23 de fevereiro deste ano. A Operação Blackout, 38ª fase, prendeu os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho respectivamente, apontados como operadores do PMDB. Na ocasião, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva no Rio.
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