Operação foi a segunda realizada no exterior durante a Lava Jato (Foto: Arquivo /Agência Brasil/Lava Jato)

O empresário acusado de pagar pelo menos R$ 12,5 milhões em propina a agentes públicos, em um esquema criminoso de desvio de recursos destinados ao fornecimento de merenda escolar e alimentação de presos

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (1º) a Operação Ratatouille, desdobramento da Lava Jato, que prendeu preventivamente um empresário acusado de pagar pelo menos R$ 12,5 milhões em propina a agentes públicos em um esquema criminoso de desvio de recursos destinados ao fornecimento de merenda escolar e alimentação de presos no Estado do Rio de Janeiro.

O empresário Marco Antonio de Lucca, do setor de alimentação escolar e hospitalar. Ele já havia sido alvo da Operação Quinto do Ouro – que prendeu conselheiros do Tribunal de Contas do Rio.

Em nota, a PF informou que 40 policiais federais também cumprem nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal/RJ, na capital fluminense (Barra da Tijuca, Centro, Ipanema e Leblon) e nos municípios de Mangaratiba/RJ e Duque de Caxias/RJ. A operação é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita.

Iniciadas há seis meses, as investigações indicam o pagamento de pelo menos R$ 12,5 milhões em vantagens indevidas a autoridades públicas pelo empresário do ramo de alimentação que mantinha contratos com o Governo do Estado do Rio.

O preso será indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Após os procedimentos de praxe, ele será encaminhado ao sistema prisional do estado.

O nome da Operação remete a um prato típico da culinária francesa, em referência a um jantar em restaurante de alto padrão em Paris/França, no qual estavam presentes diversas autoridades públicas do Rio de Janeiro e empresários que possuíam negócios com o Estado.

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