
Na ocasião, Rosa Aparecida Oliveira, de 60 anos, mãe da vítima fatal, também foi esfaqueada, e ficou nove dias internada em estado grave
Uma jovem foi morta a golpes de faca pelo próprio namorado em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, no dia dez de março de 2019. Na ocasião, Rosa Aparecida Oliveira, de 60 anos, mãe da vítima fatal, também foi esfaqueada, e ficou nove dias internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais.
Mãe da vítima presta depoimento hoje
Rosa deixou o hospital nesta terça-feira (19), e nove dias depois de perder a filha, Lidiane Oliveira, de 24 anos, a mulher vai prestar depoimento sobre o crime nesta quarta-feira (20), para dar a sua versão dos fatos da tragédia.
No dia dez, Rosa foi esfaqueada no pescoço pelo genro, Jhonatan Campos, de 22 anos. O suspeito foi preso na última quinta-feira (14), depois de se apresentar a Polícia Civil para prestar depoimento.
Relembre o caso
O crime aconteceu por volta das 3h20 no dia dez de março de 2019, quando a vítima, de 24 anos, acionou a Polícia Militar (PM) relatando que o namorado havia quebrado a porta da sua casa e feito diversas ameaças, fugindo do local na sequência.
Segundo a Polícia Militar (PM), a briga do casal teve início após ambos deixarem uma casa noturna da cidade. Na ocasião, após a denúncia da vítima, a polícia realizou patrulhamento na região, mas o jovem não foi localizado.
Pouco tempo depois, o suspeito teria voltado ao local e desferido vários golpes de faca no pescoço da namorada. A mãe da vítima, de 60 anos, tentou defender a filha, mas também acabou atingida na altura do pescoço.
Motivação do crime
Ainda usando a aliança de compromisso da relação que tinha com a vítima, Jhonathan afirmou que tudo aconteceu depois que descobriu que Lidiane, que era estudante de direito, trabalhava como garota de programa. “Comecei desconfiar porque ela começou chegar em casa com cheiro de bebidas, de cigarros. Ela dizia para mim que ia fazer o serviço dela de maquiadora, que ela ia maquiar as pessoas em eventos, né. E lá tinha bebidas e, por isso, que ela chegava desse jeito. Eu acreditava nela porque eu amo ela. Eu achava que era verdade. Claro, daí teve uma hora que eu falei que não pode ser, tem alguma coisa errada. Daí nisso, eu peguei e consegui um acesso no Facebook dela. Quando eu entrei no Facebook dela, lá ‘tava’ mensagens, né, marcando encontro, horários e preços e etc. Nisso que eu descobri”.

Conforme o rapaz, a profissão secreta da companheira, com a qual ele vivia em Ponta Grossa, o deixou atordoado. “Esperei um tempo para absorver porque para mim foi um baque, porque eu larguei tudo que eu tinha na minha cidade [Almirante Tamandaré], larguei meu emprego, larguei minha família, eu larguei meus amigos, larguei ‘tudo’, realmente tudo pra eu ficar com ela, pra ela mentir pra mim, pra ela me enganar desse jeito”, disse.