A mãe de Raíssa Eloá Caparelli, que foi encontrada morta pendurada em uma árvore, no último domingo (29), revelou em entrevista exclusiva ao Cidade Alerta, que ficou sabendo da morte da filha pela mãe do garoto acusado. Vânia Caparelli continua em estado de choque “Perdi um pedaço de mim”.

Em depoimento à Polícia Civil (PC), na madrugada desta terça-feira (1), o menino de 12 anos, que aparece nas imagens com Eloá, confessou ter tirado a vida da menina. O garoto contou que os dois brincaram antes dela ser amarrada na árvore.

Mãe de Raíssa contou que deixou a filha com o adolescente

Na entrevista, Vânia revelou que deixou a filha com o adolescente na fila do Pula-Pula, enquanto foi comprar pipoca para o filho mais novo. Entretanto, logo que retornou percebeu a ausência de Eloá e em seguida iniciou as buscas pela região.

Ao saber que um corpo havia sido encontrado, ficou muito abalada e um sobrinho foi buscá-la. “Ele pegou uma foto da Raíssa, foi à delegacia e confirmou que era ela. Perdi um pedaço de mim”, disse emocionada e chorando muito.

Confira a entrevista exclusiva abaixo:

Adolescente revela que brincou com Eloá antes da morte

De acordo com o depoimento, revelado pelo delegado Luiz Eduardo Marturano, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o adolescente revelou que levou Eloá até o Parque Anhanguera, onde os dois brincaram. Entretanto, logo houve um desentendimento e os dois começaram a brigar. Ele então agrediu a menina fisicamente com as mãos e também com um pedaço de árvore. 

Em seguida, o adolescente teria amarrado a menina pelo pescoço em uma árvore e repetiu a agressão até matá-la.

O adolescente foi filmado andando de mãos dadas com a menina instantes antes da morte (FOTO: REPRODUÇÃO/ RECORD TV)

Mãe de adolescente contou que filho confessou o crime

A mãe do adolescente acusado pela morte da menina também foi ouvida pela PC. A mulher revelou que o filho confessou o crime ao chegar em casa, no domingo (29). A família do garoto então procurou a polícia para relatar a ocorrência.

No depoimento do garoto, na primeira versão ele apresentou um relato diferente do que a mãe contou. Mas, em seguida, voltou atrás, e disse uma nova versão, essa na mesma linha da revelada pela mãe.

A PC segue investigando o caso e ainda não descarta a possibilidade de uma terceira pessoa estar envolvida.

Entenda o Caso Raíssa

Raíssa participava, junto com a mãe e o irmão, de uma festa no Centro Educacional Unificado (CEU) em Anhanguera. Enquanto estava na fila do pula-pula, sua mãe foi buscar pipoca para o filho e, minutos depois, quando retornou não encontrou mais a criança. Funcionários e participantes da festa ajudaram a procurar por Raíssa na escola e proximidades.

Cerca de duas horas depois do seu desaparecimento, o adolescente de 12 anos, agora, suspeito pelo crime, disse que foi encurtar caminho pelo parque e se deparou com a criança morta. A menina autista foi encontrada amarrada pendurada em uma árvore na área restrita do Parque Anhanguera, a cerca de 3,4 Km de distância da escola.

A criança estava com manchas de sangue no rosto e lesões no ombro. A aproximadamente 500 metros do corpo havia manchas de sangue, um par de chinelos, um saco plástico pequeno e transparente e uma capa de tecido sintético (TNT) grande e vermelha foram encontrados.

Raíssa era autista e tinha muitas dificuldades para socialização (FOTO: REPRODUÇÃO/ RECORD TV)
Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.