Educadora já está afastada (Foto: Google Streetview)

Mulher descobriu que outras nove mães já registraram reclamações no CMEI de Maringá contra a mesma profissional

A mãe de uma criança de três anos procurou a direção do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Zeferino Mosato Krukoski, em Maringá, na região noroeste do Paraná, para denunciar um caso de agressão contra o filho. Segundo Letícia Aparecida, o menino chegou em casa com um ferimento no lábio e ao ser questionado sobre o que havia acontecido, contou que havia sido empurrado pela professora.

No dia seguinte, eu conversei pessoalmente com ela e ela confessou o incidente. “Ela disse pra mim que deu um ‘empurrãozinho’ nele”, contou Letícia.

Conversando com os responsáveis por outros colegas do filho, a mulher descobriu que outras nove mães já haviam feito reclamações a respeito da mesma auxiliar de classe e resolveu levar o caso para a polícia.

Pamela Montanholi, mãe de outro aluno da creche, disse que o filho já foi agredido duas vezes pela mesma educadora. “Primeiro foi um arranhão. Ele disse que foi a profe que arranhou ele quando ele estava mexendo na água. Ela desmentiu e disse que foi um amiguinho. Na outra semana ele reclamou que ela havia apertado o olhinho dele”, relatou Pamela.

Nesta terça-feira, as mães entregaram à direção da escola um abaixo-assinado com mais de cem assinaturas pedindo o afastamento da funcionária.

Letícia entrou com um processo contra a auxiliar de classe junto a Secretaria Municipal de Educação. Ela descobriu que este não é o primeiro processo movido contra a educadora. Na outra denúncia ela também é apontada como autora de uma agressão contra outra criança de três anos.

O processo está no setor de Recursos Humanos da Prefeitura de Maringá e deve demorar cerca de um ano para ser analisado.

As mães querem o afastamento da auxiliar de classe e pedem a instalação de câmeras de segurança nas salas de aula. “As câmeras seriam o único respaldo que a gente pode ter. Porque a criança fala que fez, o professor fala que não fez. E fica a palavra da criança contra a do professor”, disse Franciele Lene, mãe de um aluno do mesmo CMEI.

Em nota, a Prefeitura de Maringá afirmou que a Secretaria Municipal de Educação já instaurou uma sindicância para apurar o caso e medidas administrativas serão adotadas ao final desse processo, entre elas eventual exoneração. A secretária de educação, Valkíria Trindade, determinou o imediato afastamento da servidora de suas funções durante as investigações.

Veja mais detalhes na reportagem do Balanço Geral Maringá: