Curitiba - O Corpo de Bombeiros do Paraná realiza nesta quinta-feira (28), em Antonina, no litoral do Paraná, buscas por mãe e filho que estão desaparecidos desde junho deste ano. Maria Auxiliadora da Silva de Souza e Fábio José de Souza desapareceram no dia 24 de junho, em Curitiba. Douglas Romanoviski, de 34 anos, foi preso suspeito de matar e ocultar os corpos. A Polícia Civil suspeita de latrocínio.

As buscas estão sendo feitas na Serra da Graciosa, dentro de uma área de mata. Os bombeiros fazem a operação em trilhas já abertas. Além disso, buscam perto de riachos por Maria e Fábio.
Conforme apuração da RICtv, os agentes começaram a operação nesta quarta-feira e nesta quinta seguem com a operação no solo.
O que se sabe sobre mãe e filho desaparecidos
Maria Auxiliadora da Silva de Souza, de 78 anos, e o filho dela, Fábio José de Souza, estão desaparecidos desde o dia 24 de junho, quando a idosa saiu da casa onde morava no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. Ela afirmou que aguardaria um carro para sair do apartamento.
Mesmo sem aparecer, Maria manteve contato com as filhas por um aplicativo de mensagens. Contudo, a família desconfiou de algo quando as mensagens começaram a soar estranhas. Diante disso, uma das filhas decidiu vir de São Paulo até a capital paranaense.
Em uma das mensagens, a idosa indicava que estava em Antonina, no litoral paranaense.

Suspeito na prisão
As investigações sobre o desaparecimento de Maria Auxiliadora e do filho, Fábio, ganharam novos desdobramentos após a prisão de Douglas, apontado como suspeito de envolvimento no caso.
A filha de Maria Auxiliadora relatou que conheceu Douglas em Almirante Tamandaré, onde Fábio mantinha dois apartamentos. Ele se apresentou como amigo do homem desaparecido e afirmou não saber do paradeiro da idosa e do filho. No entanto, a investigação descobriu transferências feitas por Maria Auxiliadora para a conta dele, nos valores de R$ 10 mil e R$ 20 mil. Questionado, Douglas teria se contradito várias vezes.
Em uma das últimas mensagens enviadas à filha, Maria Auxiliadora disse estar em Antonina com Fábio, à procura de uma clínica, já que o filho enfrentava problemas psicológicos e tinha pensamentos suicidas. Ela também informou que estava sem internet, mas voltaria a dar notícias quando retornasse a Curitiba.
A Polícia Civil chegou a realizar buscas em Antonina antes da prisão, mas não encontrou pistas em clínicas e hospitais da região. O município passou a ser foco das equipes de resgate após o rastreamento dos celulares de Douglas e da idosa, que apontaram sinais na cidade na mesma data em que Maria Auxiliadora relatou estar lá.
Na última sexta-feira (22), Douglas foi preso preventivamente. Ele nega envolvimento no desaparecimento de mãe e filho.

Pai e namorada desmentem versão de Douglas
Novos depoimentos colocam ainda mais pressão sobre Douglas Romanoviski, acusado de duplo latrocínio no caso do desaparecimento de Maria Auxiliadora e do filho, Fábio Souza. As informações foram obtidas pela coluna Arquivo Aberto.
Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil confirmaram que Douglas havia alugado o apartamento de Fábio em fevereiro, derrubando sua versão de que teria comprado o imóvel.
Segundo as investigações, após o desaparecimento, Douglas passou a usar o celular de Maria Auxiliadora para se passar por ela, enganando familiares, amigos e até a polícia. Nesse período, foram registradas transferências bancárias que somam mais de R$ 30 mil para a conta dele, além da apropriação de bens de Fábio, como o carro e o apartamento.
A namorada de Douglas relatou em depoimento que ele comemorou a suposta compra do imóvel, sem esclarecer de onde teria saído o dinheiro. Já o pai do acusado contou que o filho havia alugado o apartamento e não tinha condições financeiras de comprá-lo, desmentindo mais uma versão apresentada pelo suspeito.
Douglas tentou justificar as transferências da conta de Maria Auxiliadora alegando ter emprestado R$ 50 mil a Fábio, valor que estaria sendo devolvido em parcelas. Para a polícia, essa narrativa não se sustenta e serviria apenas para encobrir roubos.
Outro ponto em investigação é a localização dos corpos. A Polícia Civil acredita que Douglas os escondeu em Antonina, no litoral do Paraná, após rastreamento dos celulares dele e de Maria Auxiliadora na região. O acusado, porém, alegou que naquela noite havia brigado com a namorada e decidiu dirigir sem rumo, chegando até a cidade. A companheira, entretanto, negou que a briga tenha ocorrido, contradizendo mais uma vez a versão de Douglas.
Preso preventivamente, Douglas nega todas as acusações. Durante interrogatório, chegou a agir com ironia e afirmou à delegada responsável que “a polícia sabe de tudo”. Para a equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Curitiba, entretanto, as provas contra ele se acumulam.
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