Bebê está internado na UTI do Hospital Pequeno Príncipe há três meses e luta contra o tempo

Isabella Fuentes Silva  tem apenas cinco meses de vida e precisa de um transplante de coração para sobreviver. Enquanto acompanha a filha no Hospital Pequeno Príncipe, a mãe da menina, Paula Heidy, de 35 anos, está mobilizando uma campanha pela internet para conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos para salvar vidas.

Paula Heidy, mãe de Isabella, no hospital com a filha

Paula Heidy, mãe de Isabella

A pequena Isabela sofre de miocardiopatia dilatada, uma doença causada pelo “citomegalovírus” que afeta o músculo do coração, causando uma dilatação em um dos ventrículos. O diagnóstico foi dado pelos médicos quando ela tinha apenas dois meses.

“Ela não conseguia mamar no peito, não ganhava peso e ficava cansada muito fácil e estava sempre pálida. Mas eu jamais imaginava que seria um problema cardíaco e os médicos também não tinham levantado essa hipótese”, conta a mãe.

Um dia o bebê passou mal durante um banho de ofurô. A atividade, feita numa banheira parecida com um balde, é para ser relaxante. “Assim que colocamos ela no ofurô, ela começou a chorar desesperadamente. Quando nós tiramos, ela começou a ficar roxa e desmaiou”, lembra a mãe. Os pais correram para o Hospital Pequeno Príncipe e a menina foi internada. Isabella passou por uma série de exames até que a doença foi descoberta.

O bebê está internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Pequeno Príncipe há três meses. “Os médicos já tentaram vários tratamentos farmacológicos (com medicamentos), mas ela não respondeu a nenhum. Agora ela está na fila do transplante de órgãos”, explica Paula.

Nesses três meses de internação, o bebê já teve duas paradas cardiorrespiratórias, a segunda foi mais grave e causou um pequena hemorragia cerebral e até uma insuficiência renal, problemas que já foram contornados pelos médicos. Mas cada dia é uma corrida contra o tempo. “O coraçãozinho dela é muito fraco, e os outros órgãos não recebem a quantidade adequada de oxigênio, então o resto do organismo está ficando fraco também”, explica a mãe aflita.

Arquivo Pessoal

Campanha visa conscientizar as pessoas sobre a doação de órgãos

O mais complicado para a criança é que o doador precisa ter o peso corporal aproximado ao de Isabela, ou seja, precisa ser um bebê também. “É muito duro pra uma família que recebe a notícia de que seu bebê teve morte encefálica, porque o cérebro já parou de funcionar mas o coração ainda está batendo. Então a família não quer permitir a retirada dos órgãos por acreditar que a criança ainda pode viver. Mas quanto mais tempo demora para retirar o coração, mais difícil são as chances de um transplante”, observa a mãe.

Paula acredita que conscientizando as pessoas sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, outras crianças, além de Isabella, podem aumentar suas chances de sobreviver.

No Balanço Geral Curitiba desta terça-feira (09) você vai conhecer a família de Isabella e saber um pouco mais sobre a doença e sobre doação de órgãos. O programa começa ao meio-dia, na RICTV Record.