Uma mãe deixou sua filha cega sozinha em casa para usar drogas durante o fim de semana em Maringá, no noroeste do Paraná. O Conselho Tutelar soube do ocorrido depois que os vizinhos denunciaram que a criança de três anos estava sem supervisão na residência.
Filha cega estava sozinha e assustada
Segundo a conselheira tutelar Renata Gomes, a menina foi encontrada assustada. “A criança, por não enxergar, estava chorosa porque não entendia quem é que estava ali. Eu falei que era uma tia, consegui acalmar, acalentar a criança até umas pessoas tentarem localizar a mãe”, explicou.
Com a informação de que a mãe estava usando drogas nas proximidades, a filha foi foi recolhida para um abrigo. No entanto, antes que os policiais deixassem o local, a jovem voltou para casa porque soube da movimentação e foi encaminhada para a delegacia.
Mãe é presa por abandono de incapaz
A mãe chegou a ser presa por abandono de incapaz, mas foi liberada após a audiência de custódia. Conforme o delegado Luiz Henrique Vicentini, que cuida do caso, ela poderá permanecer em liberdade sob algumas condições.
“Ela foi posta em liberdade e foi fixado alguns termos para que ela cumpra no decorrer do processo, mas ela vai responder ao procedimento em liberdade”, disse.
Mulher é depende química
Ainda de acordo com o delegado, a mãe é dependente química e tem outra filha além da criança em questão. “Você identifica nesse local um usuário de drogas, o seio familiar totalmente destruído. Essa mulher já tem uma outra filha que mora com a genitora dela, ou seja, está com a avó, e ela nos relatou que de fato é usuária de drogas. Você a consequência, o malefício, que essa substância entorpecente trás para a família e, consequentemente, pra essas pessoas que são vulneráveis que são crianças e os filhos dessas pessoas”, completou Vicentini.
Conselheiros tentam encontrar família da criança
A menina permanece em um abrigo e Conselho Tutelar tenta encontrar os familiares para verificar a possibilidade da avó assumir a guarda.
“Nós estamos tentando entrar em contato com a família, que a mãe informou que seria numa cidade próxima, pra ver se o responsável, a avó, o parente que ela informou, se prontifica em receber a criança”, finalizou Renata.