“Ele tentou fugir do local duas vezes e o pessoal falava ‘não, você vai esperar a polícia chegar’. Claro, ele queria fugir do flagrante, entendeu. Se ele tivesse fugido, essa hora ele não estaria preso e a morte do meu filho estaria mais impune ainda”, o depoimento de Andressa de Oliveira nesta segunda-feira (28) é carregado de indignação e revolta. O filho da mulher, Marcelo Henrique Marques Jardim, de três anos, morreu após ser atropelado próximo de casa, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba.
Após a abordagem da Polícia Militar, foi confirmado que Bruno Alisson Batista Ventura, de 24 anos, não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e estava sob efeito de álcool.
Mãe se revolta com motorista
Nesta segunda-feira (28), a mãe de Marcelinho, como era chamado, conversou com a equipe da RIC e revelou detalhes sobre o acidente. De acordo com Andressa, a presença de moradores logo após a batida evitou que o jovem que conduzia o carro fugisse do local.
“Esse vagabundo tentou fugir o tempo todo, duas vezes. Lembro que moradores tiraram a chave do carro, para ele não sair com o carro do local e depois ele ligou para uma terceira pessoa ir lá buscar ele. Entrou dentro do carro e o pessoal tirou ele de dentro do carro pela janela e começaram a bater nele”, desabafou Andressa.
A mãe ainda contou que logo após escutar o barulho do acidente correu para ver o que era e encontrou o filho caído no chão. Segundo a mulher, Marcelinho foi arremessado a mais de 10 metros. Em desespero, Andressa falou que chegou a abraçar o menino e sentiu ele respirar, porém, logo depois percebeu que o menino parou de dar sinais vitais.
“Como ele diz na entrevista que ele é pai, que tem sobrinho, eu tenho certeza que não gostaria que fizessem o mesmo com o filho dele. Não é justo esse cara ficar impune, ele tem que pagar. Igual ele fala, eu não tenho culpa, eu não fiz nada, a partir do momento que ele saiu da casa dele bêbado, alcoolizado, em alta velocidade, ele já tem culpa”, ressaltou a mulher.
Marcelinho iria completar quatro anos em dezembro (FOTO: ARQUIVO PESSOAL)
Mãe de Marcelinho clama por justiça
“Claro que ele tem culpa, a criança não tem noção. Se ele não tivesse correndo tanto, teria dado tempo dele frear, tirar do meu filho”, questiona Andressa. Ainda em choque, após sepultar o filho na tarde do último sábado (26), a mãe clama por Justiça.
“Ele tava correndo sim, ele é um irresponsável sim. Estava bêbado, sem habilitação e eu quero justiça. Nada que ele falar tem justificativa, ele está totalmente errado. Ele estava colocando a vida das pessoas em risco e ele matou meu filho. Ele matou meu filho, não tem outra palavra, ele matou meu filho e ele vai pagar por isso”, contou indignada a mãe.
Durante sua apresentação, nesta segunda-feira (28), Bruno chorou e pediu perdão para a mãe da criança. “Me perdoa, moça. Me perdoa. Eu jamais queria ter feito isso, eu tenho uma filha, eu tenho sobrinho. Tem um monte de criança que eu amo de paixão. Eu me coloquei no lugar de todo mundo”, disse.
Durante entrevista, ele também admitiu ter bebido:
“Eu tive culpa porque eu tava atrás de um volante sem carteira e, infelizmente, tinha ingerido bebida alcoólica, mas só que a criança saiu de trás do carro do nada” disse aos prantos.
Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.
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