A mãe das duas filhas adolescentes, obrigadas a gravar vídeos íntimos pelo ex-marido e pai de uma das vítimas, descobriu o crime graças a um aviso da patroa dela. Os conteúdos chegaram até a mulher “por vingança” do suspeito, que segue foragido.
Em entrevista ao repórter Ricardo Vilches da RICtv, a mãe das adolescentes detalhou como foi a descoberta do caso e das ameaças feitas pelo ex-marido.
“Ela só contou quando veio trabalhar junto comigo. Por ela expor nas redes sociais que estava feliz, ele por vingança pegou todos os conteúdos e mandou para minha patroa. Vídeos e fotos, dizendo que eu fazia filme pornô delas e vendendo na internet”, explicou a mãe das adolescentes.
O pai de uma das adolescentes criou um sistema de “meta diária” de produção de conteúdo pornográfico. Em uma ocasião, como as vítimas não conseguiram “cumprir” o “acordo”, o homem compartilhou um desses vídeos íntimos nas redes sociais.
Além disso, o suspeito ainda ameaçava a filha e a enteada adolescentes ao se dizer “membro de uma seita”.
“Eu recebia foto delas sem roupa, com outras meninas, tendo relação com meninos. Aí eu disse para ela, você está saindo com alguém? Porque você não se cuida, tem alguém te filmando. Ela falou que não sabia de onde viram aquelas coisas, ela não entregou”, prosseguiu.
Após o caso ser exposto e a filha ser demitida do emprego, a mãe das adolescentes foi junto das vítimas à Delegacia da Polícia Civil do Paraná (PCPR) em Rio Branco do Sul, município da Região Metropolitana de Curitiba, denunciar o ex-marido.
“Aí eu conversei com elas e tudo que elas tinham de áudios, vídeos e provas, me ajudaram a levar na delegacia”, finalizou.
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Após a investigações dos fatos, na última quinta-feira, a Polícia Civil prendeu duas mulheres, entre elas a ex-namorada do suspeito, foram presas por participarem do esquema criminoso. O homem ainda segue foragido.
Sem comunicar a mãe, suspeito sequestrou adolescentes para gravarem primeiro vídeo íntimo
Segundo o delegado da Polícia Civil em Rio Branco do Sul, Gabriel Fontana, os crimes contra as duas adolescente começaram em outubro de 2024.
Na ocasião, o pai de uma das vítimas convidou ela e a enteada para passearam com ele em um parque de Curitiba. O homem então levou as duas adolescente à casa dele, mas vendou ambas as jovens, para que elas não pudessem reconhecer o local posteriormente.
Quando chegaram na casa do suspeito, as adolescentes foram obrigadas a gravar o vídeo íntimo, sob ameaça do homem e da então namorada dele.
“Na residência, junto da companheira à época, obrigou as meninas a gravarem um vídeo de sexo explícito entre si. Com esse vídeo, ele começou a ameaçar as vítimas, para que elas continuassem a gravar esse tipo de conteúdo, não apenas entre si, mas envolvendo terceiros. E contava com o auxílio da companheira e uma terceira mulher”, pontuou Fontana.
Os três investigados pela Polícia Civil devem responder pelos crimes de coação, divulgação e armazenamento de pornografia infantojuvenil, além de associação criminosa e ameaça.
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Editor
Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.
