Maringá - O major Alexandro Marcolino Gomes, da Polícia Militar do Paraná, foi preso na manhã desta quinta-feira (22), em Maringá, no Noroeste do Paraná, durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que apura crimes de corrupção. Além do comandante, outros seis agentes públicos foram alvo das ordens judiciais.

De acordo com o Gaeco, as investigações começaram em setembro de 2024 quando os agentes receberam informações de que o oficial estaria relacionado com crimes militares envolvendo soldados da corporação. O caso foi apurado até que o Ministério Público conseguiu evidências para expedir as ordens judiciais.
O major foi preso na casa dele, onde eletrônicos e documentos também foram apreendidos. De acordo com Luciano Mazeto, advogado de defesa do policial militar, os agentes que cumpriram o mandado de prisão não deram detalhes das investigações.
“Tomamos conhecimento hoje cedo, mas ele me informou que não houve irregularidades e que não era alvo de nenhuma investigação. Vamos até o Gaeco para entender o que está acontecendo, mas ele foi orientado a falar somente depois que tivermos acesso aos autos. O major está à disposição da Justiça”, disse o advogado do Major.
Gaeco apontou que Major da PM preso cobrava propina
Conforme as investigações, foram expedidos mandados contra sete policiais militares lotados em Maringá e Loanda, onde o major Alexandro atuava como comandante. As investigações apontaram que ele estaria realizando cobranças e recebimento de propina.
“Os atos que foram demonstrados mostravam que sempre havia oportunidades de obter valores decorrentes de procedimentos disciplinares que pudessem interferir em relação aos subordinados, ou pagamento para o comandante para o subordinado transferir de unidade. Além disso, havia interferência direta nas atividades dos policiais. O que se tem é que a propina vinha especialmente de subordinados, mas não somente deles”, disse o promotor.
O que diz a PM?
Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (22), o coronel José Renato Mildemberger, comandante do 3º Comando Regional da Polícia Militar disse que a corporação não compactua com esse tipo de atitude e que o major será encaminhado para um presídio militar.

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