Manifestação no Parolin termina com fogos de artifício e bala de borracha

por Giselle Ulbrich
com informações de Diogo Cordeiro, da RICtv
Publicado em 5 set 2022, às 22h05. Atualizado às 22h09.

A manifestação dos moradores do bairro Parolin, em Curitiba, pela morte de Dalysson Mariano, 17 anos, em suposto confronto com a PM, terminou com um breve “confronto” entre os manifestantes e policiais militares, na noite desta segunda-feira (05). Moradores disparam fogos de artifício contra os policiais, que revidaram com balas de borracha.

A manifestação bloqueou a Rua Brigadeiro Franco, no fim da tarde. Já na Rua Assis Figueiredo, os manifestantes bloquearam a via queimando lixo e diversos outros objetos. Conforme apuração do repórter cinematográfico Diogo Cordeiro, da RICtv, o Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar os entulhos em chamas e liberar a rua.

No entanto, manifestantes teriam partido para cima dos bombeiros, que foram obrigados a recuar. A Polícia Militar foi acionada e cercou os manifestantes. Enquanto a PM mandava todos voltarem para casa, moradores do bairro dispararam fogos de artifício contra os policiais. O revide foi com balas de borracha.

Em princípio, nem manifestantes, nem policiais, ficaram feridos pelos fogos e pelas balas de borracha. Por volta das 21h15, a situação já tinha se acalmado no local. Porém as viaturas da PM ainda permaneciam nas redondezas para garantir que a via não seria bloqueada novamente.

Veja a confusão:

Rapaz atira fogos de artifício contra policiais em protesto contra a morte de Dalysson mariano, no bairro Parolin, em Curitiba. (Imagem: Redes Sociais)
Confusão se acalmou no Parolin pouco depois das 21h. (Imagem: Diogo Cordeiro / RICtv)

Morte em “confronto”

A ocorrência em que Dalysson morreu aconteceu na tarde da última sexta-feira (05). Uma equipe da PM patrulhava a região, quando se deparou com o jovem e decidiu abordá-lo. Na versão da polícia, o jovem reagiu à abordagem e foi baleado na barriga. O Siate chegou a ser chamado, mas o jovem não resistiu e morreu em seguida. Um policial também ficou ferido na ação.

Já na versão dos moradores locais – e motivo que ensejou a manifestação – é de que Dalysson não tinha envolvimento com drogas, não estava armado e muito menos reagiu. Já no dia do crime os ânimos se exaltaram no Parolin e houve protesto, que foi repetido nesta segunda-feira.