No último dia 2 de dezembro, um manobrista foi arremessado de uma ponte na zona sul de São Paulo por um soldado da Polícia Militar. O policial responsável, identificado como Luan Felipe Alves Pereira, foi preso preventivamente na quinta-feira (5), após pedido da Corregedoria da PM.

Homem foi jogado de ponte após abordagem policial (Foto: Reprodução/ RECORD TV)

Em depoimento prestado à Polícia Civil, o manobrista, de 25 anos, contou que se deparou com um grupo de policiais enquanto voltava da casa da namorada de moto, e foi abordado por um deles. Um dos PMs teria levado o manobrista pelo colarinho da camisa até a beirada da ponte e o ameaçou jogá-lo. 

Conforme o depoimento do manobrista, antes de ser arremessado da ponte, que foi uma queda de mais de três metros, ele teria sido agredido com golpes de cassetete. Além disso, contou que algumas pessoas em situação de rua o ajudaram a sair do riacho e o auxiliaram sobre como ir embora. 

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A vítima foi levada a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após pedir carona a um carro que passava na via. Conforme a polícia, ele apresentava ferimentos no rosto, ainda precisando passar por exames no Instituto Médico-Legal (IML).

Em entrevista ao Fantástico, o manobrista deu detalhes do incidente, descreveu a experiência como aterrorizante: “Pensei que ia morrer.” Ele afirmou que os policiais não pediram seus documentos e declarou ter explicado que não era ladrão e que sua moto não era roubada. 

Ao todo, 13 policiais estão envolvidos na ocorrência. Os agentes foram afastados após as imagens do caso circularem nas redes sociais. Luan Pereira pode responder por lesão corporal, peculato e prevaricação. A defesa do soldado disse em nota que planeja solicitar habeas corpus, alegando “antecipação de pena”.

A Polícia Militar classificou a ação como “desmedida e inexplicável”. O Ministério Público abriu investigação, com o caso também sendo apurado pela Polícia Civil e por um Inquérito Policial Militar.

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