A PEC sofreu uma grande rebelião em novembro de 2017. (Foto: Reprodução/RICTV)

A polícia acredita que o responsável pelo desenho seja um preso que possui livre acesso aos vários setores da PEC

*Com informações de Leandro Souza, repórter da RICTV Oeste

Um mapa da estrutura da Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste do Paraná, desenhado de forma improvisada, foi interceptado e apreendido durante uma revista rotineira nesta quarta-feira (18). A polícia acredita que a planta da unidade serviria para ajudar nos arremessos irregulares de drogas, ferramentas, armas e celulares para os presos.

Os policiais suspeitam que a pessoa responsável pelo desenho seja um preso que tenha livre acesso aos vários setores da PEC. “Não é normal que um preso saiba a estrutura, saiba o projeto do prédio da unidade penal. O preso só tem acesso a esse desenho quando ele trabalha dentro da unidade penal solto. Então, esse preso sabe perfeitamente qual o funcionamento da unidade”, disse um agente penitenciário que não quis se identificar.

A polícia ainda afirma que a atividade não é comum na penitenciária e que, na maioria das vezes, as pessoas tentam entrar com os objetos escondidos no corpo. No entanto, admite que os arremessos já aconteceram algumas vezes e continuam acontecendo. Os responsáveis pela entrada de objetos proibidos dentro da unidade prisional seriam familiares dos detentos. “Eles ainda preferem entrar com esse material ilícito introduzido dentro de suas partes íntimas”, contou o agente.

Em nota, o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) afirmou que toda a área é monitorada por câmeras de segurança, por policiais do  Seção de Operações Especiais (SOE) e da Polícia Militar.

PEC

Após a rebelião ocorrida em novembro de 2017 quase toda a estrutura da PEC foi destruída e a reforma segue a passos lentos.

Atualmente, 766 presos estão detidos no local enquanto outros 150 foram transferidos para a Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC), que fica em frente à PEC

O servidor também fez questão de ressaltar que a rebelião terminou apenas aos olhos da sociedade, mas internamente a tensão segue. Podendo, dá próxima vez, se estender a PIC. “A rebelião ela continua. E à PEC ela ainda está em crise. Por que em crise? Porque nós estamos alojando 15 presos num lugar onde você só consegue colocar, de forma desconfortável, seis presos. Uma pequena parcela de presos, tanto da PEC quanto da PIC, não tem interesse nenhum em ser ressocializada, o que eles querem de fato é fazer a baderna, a desordem e quebrar o prédio”, finaliza.

Assista à reportagem completa:

Leia também: