A Justiça aceitou a denúncia de homicídio, feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), contra o jovem que matou a namorada e enteada em Cascavel, no Oeste do Paraná. Silvia Caroline França, de 25 anos, e sua filha de 9 meses foram assassinadas por Alif Ferreira de Lima, de 25 anos, no início de setembro deste ano.
Na denúncia, o promotor responsável pelo caso apontou quatro qualificadoras para o crime:
- dois feminicídios, contra mãe e filha;
- homicídio agressivo;
- impedimento de defesa para as vítimas;
- motivação fútil.
Na mesma decisão, a juíza Raquel Fratantinio Perini também negou o pedido de exame de sanidade mental para o acusado.
Alif está preso em Toledo, cidade vizinha, para onde precisou ser transferido para que a polícia pudesse garantir sua segurança.
Entendo caso do jovem que matou a mulher e a enteada em Cascavel
Silvia e sua filha foram encontradas mortas dentro da casa em que viviam junto com o acusado na tarde de 11 de setembro, depois que uma amiga foi até lá a pedido do pai da vítima.

Antes da descoberta, Alif ainda tentou enganar a garota e informou que sua namorada e o bebê estavam dormindo. Impedida de entrar, a jovem foi embora, mas acabou voltando pouco tempo depois e foi quando o acusado fugiu do local antes que ela se deparasse com a cena de violência.
Vítimas estavam mortas há cerca de 24 horas
Silvia estava no chão do banheiro e apresentava um ferimento severo na região do pescoço. O local estava repleto de sangue e com sinais de luta corporal, enquanto sua filha estava morta no berço.
Conforme o tenente Eduardo Noviski, do Corpo de Bombeiros, que atendeu a ocorrência, os corpos estavam bastante rígidos, o que apontava que as duas estavam mortas há pelo menos 24 horas.
A criança foi assassinada pelo padrasto com uma mamadeira ‘batizada’, ele misturou junto o leite um coquetel de remédios controlados. Já a namorada de Alif foi morta estrangulada e com golpes de um vaso sanitário na cabeça.
As duas foram sepultadas em Juvinópolis, também no oeste do Estado, no dia 12 de setembro, no mesmo caixão.
Caderno com confissão do crime
A polícia localizou – dentro da residência – um caderno com várias páginas escritas por Alif. Nelas, ele admite que matou a namorada e a enteada por um motivo fútil e que tinha a intenção de tirar a própria vida na sequência.
“No local foi localizado um caderno que estava aberto com uma espécie de carta, na qual ele relata que teria cometido o crime, ele relata que ele seria um monstro, ele pedia perdão pelo crime que ele cometeu e ainda relata que teria intenção de cometer suicídio tomando diversos medicamentos que estariam na residência. Ele relata que teve uma discussão por motivo banal e que acabou perdendo a cabeça”, disse a delegada Raísa de Vargas Scariot.