Médica é agredida por familiar de paciente na UPA Pinheirinho, em Curitiba

Publicado em 30 jan 2022, às 16h22. Atualizado em: 31 jan 2022 às 16h57.

Uma médica foi agredida por volta das 5h30 deste domingo (30) enquanto trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pinheirinho, em Curitiba. A profissional foi xingada e agredida por uma mulher após ela orientar a suspeita a aguardar o atendimento do familiar – que estava sendo examinado – na sala de espera.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a orientação é um protocolo adotado nas unidades por questões sanitárias, como medida para diminuir o risco de contágio de doenças por causa da Covid-19. A médica, a mulher e uma testemunha foram conduzidas pela Guarda Municipal até a Central de Flagrantes da Polícia Civil.

O RIC Mais entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil para verificar se a mulher foi presa ou liberada, e aguarda retorno.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde lamentou o ocorrido e que os profissionais de saúde, mesmo trabalhando incansavelmente durante todo o período delicado de pandemia que vivemos, sejam alvo de agressões e atacados pela população. A SMS de Curitiba também pediu apoio da Guarda Municipal para reforçar a segurança nas UPAs.

Veja a nota na íntegra:

“A Secretaria Municipal da Saúde lamenta profundamente, que neste momento atual da pandemia, após trabalhar incansavelmente durante todo esse período, os profissionais de saúde estejam sendo atacados e sendo vítimas de agressão, por parte da população.

Por volta das 5h30 deste domingo (30/1), guardas municipais de serviço prestaram apoio a uma médica agredida verbal e fisicamente por uma mulher na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pinheirinho. Junto com uma testemunha, as duas foram conduzidas pela equipe da GM até a Central de Flagrantes da Polícia Civil. A profissional foi agredida no exercício de sua função, sem nada que houvesse justificativa para tamanha violência.

A agressão ocorreu após ela orientar a familiar do paciente a aguardar na sala de espera enquanto o paciente era atendido, seguindo o protocolo adotado por questões sanitárias, durante a pandemia.

A Secretaria Muncipal da Saúde solicitou reforço da Guarda Municipal nas UPAs. Além disso, faz um apelo à população para que respeite os profissionais que trabalham no enfrentamento dessa grave crise.”

Nota do CRM-PR

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) também se pronunciou sobre o ocorrido. Em nota, o CRM-PR afirmou repudiar “qualquer tipo de violência, contra qualquer pessoa”:

“Atentar contra um médico no exercício da sua atividade, que é justamente a de preservar a vida e a saúde, prejudica não somente o profissional, seja física ou mentalmente, mas todos que dele dependem”,

publicou o CRM-PR.

Atualização

Conforme informações da Polícia Civil, a princípio, a médica não representou contra a mulher.

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