O médico cardiologista acusado de mandar matar o irmão em Maringá, no noroeste do Paraná, foi absolvido em júri popular realizado nesta terça-feira (2). Manuel Pereira Marques, de 67 anos, chegou a ficar preso durante dois anos e um mês e ainda utilizou tornozeleira eletrônica após conseguir o direito de aguardar o julgamento em liberdade.
Durante a audiência em Maringá, o promotor, que falou por aproximadamente 1h30, comentou sobre a falta de provas e deu indícios que o réu seria absolvido. Logo em seguida, o júri, formado por sete mulheres, decidiu pela absolvição do médico.
Médico é absolvido
Manuel Pereira foi preso preventivamente no dia 7 de julho de 2016, três meses após a morte do seu irmão. O homem era acusado de ter mandado matar o próprio irmão para ficar com a herança de R$ 10 milhões. Entretanto, por falta de provas, nesta quinta-feira (2), o médico foi absolvido pelo júri popular.
Durante os mais de três anos desde a morte de Garcia Pereira Marques, o irmão médico sempre negou o crime. A diarista, Elenice Mariano e o genro da vítima, Cosme Alexandre Bombachini, respondem pelo crime e permanecem presos.

A audiência do júri popular durou aproximadamente 12 horas.
Filha da vítima não foi encontrada
Para a audiência desta terça-feira (2), a filha da vítima foi convocada, por meio de condução coercitiva. Entretanto, os agentes não conseguiram localizar a mulher e ela não compareceu.
A mulher, que é filha de Garcia, é esposa de Cosme, que foi condenado.
Investigações sobre o caso
As investigações da Polícia Civil apontaram que, em 2016, Manuel ofereceu R$ 1 milhão para que Cosme executasse o fazendeiro. Assim, na noite de 30 de abril, o genro, o irmão e diarista do fazendeiro colocaram em prática a simulação de um assalto, seguido de sequestro e na zona rural da cidade a vítima foi morta a tiros.
Cosme registrou um boletim de ocorrência sobre o caso, mas seu testemunho foi desmentido por câmeras de segurança que filmaram o carro onde ele seguia junto com a vítima.
Em 2017, Elenice, que puxou o gatilho, foi condenada a 20 anos de prisão, enquanto Cosme foi condenado a 14 de prisão em 2018.