
Os dois casos aconteceram em 2013 durante cirurgias de transplante de fígado
O médico Simon Brahall, 53 anos, assumiu nesta quarta-feira (13) à Corte de Birmingham, na Inglaterra, ter gravado as iniciais de seu nome no fígado de dois pacientes durante uma cirurgia de transplante do órgão. Os dois casos aconteceram no ano de 2013. Ele responderá em liberdade pelo crime até o anúncio da sentença em janeiro de 2018.
O médico tornou-se renomado em 2010 após usar um órgão recuperado de um acidente áereo para transplante. Então, em fevereiro e maio de 2013 ele usou um equipamento de cauterização chamado plasma de argônio, empregado para parar sangramentos, para marcar suas iniciais SB nas duas vítimas. Os traços não prejudicaram o funcionamento dos organismos, mas demonstraram um profundo desrespeito pelos pacientes.
Os casos foram descobertos ainda em 2013 por um colega do médico que observou as iniciais nos órgãos em processos pós-operatórios. Na época, ele foi suspenso da Unidade de Birmingham, do Hospital Queen Elizabeth, no qual trabalhava e havia feito as cirurgias. Em 2014, o médico foi advertido formalmente pelo Conselho de Medicina britânico, no entanto, não teve sua licença cassada.
Sua sentença sairá no dia 12 de janeiro. Para o promotor que acompanha o caso, Tony Badenoch, embora o plasma de argônio não cause nenhum dano aos pacientes, trata-se do “uso de força ilegal sobre pacientes que estavam anestesiados”.
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