
Português de 62 anos foi morto a tiros pela empregada. Genro e amiga da assassina também estariam envolvidos no crime
Um médico de 64 anos foi preso na noite de quinta-feira (07), no bairro Jardim Haras Village São Luiz, no município de Salto (SP), suspeito de planejar a morte do irmão, o português, Garcia Pereira Marques, 62 anos, morto a tiros na noite de 30 de abril, deste ano, na zona rural de Maringá, junto com o genro.
O médico teve a prisão decretada após o genro da vítima, de 32 anos, que estava preso pela morte do sogro desde maio, relatar em um novo interrogatório que o irmão do homem executado teria oferecido R$ 1 milhão pelo crime. A empregada da vítima, que confessou ter matado o patrão e uma amiga da suspeita também foram presas.
O genro da vítima resolveu colaborar com as investigações após a reconstituição do crime, que aconteceu no dia 9 de junho. Ele foi até a casa onde vivia com a família – esposa e filha de 4 anos – que não demonstraram interesse em vê-lo. “A situação que a família demonstrou durante a reconstituição, deixou o genro abalado, isso fez ele ajudar nas investigações”, falou o delegado responsável pelo caso, Diego Elias Freitas.
Ligação sobre a morte
Após a reconstituição, ele apresentou uma nova versão do crime, onde o irmão da vítima seria o mandante. Como prova disso, apresentou uma ligação telefônica feita para o médico, horas depois do crime. A ligação durou apenas 20 segundos, e ele apenas comunicou o médico do ocorrido, com a frase “está feito”.
O delegado afirmou que já investigava a ligação em virtude de sua duração. “O tempo do telefonema era curto demais, não tinha como dar informações sobre o desaparecimento do familiar, era apenas suficiente para dar um recado simples e direto”, completa Freitas.
As investigações apontam que o médico planejava matar o irmão desde dezembro de 2015, a relação dos dois não era boa e só piorou depois que Garcia descobriu que ele tinha feito vários saques que juntos somavam R$ 1,4 milhão na conta bancária da mãe de 83 anos e do pai falecido, cujo inventário ainda esta pendente.
O médico continua preso na carceragem da 9ª Subdivisão Policial de Maringá, onde encontra-se à disposição da Justiça. Ele responderá pelo crime de homicídio qualificado, podendo pegar de 12 a 30 anos de prisão.