A delegada do Nucria falou sobre o caso da menina abusada sexualmete em Londrina. (Foto: Reprodução/RICTV)

Os estupros foram comprovados por exames; o homem de 48 anos é procurado pela polícia

Uma menina de 12 anos foi estuprada pelo pai do próprio padrasto em Londrina, no norte do Paraná. O homem de 48 anos fugiu após a expedição do mandado de prisão contra ele pela Justiça. Ele é procurado pela polícia.

Abuso sexual da menor de idade em Londrina

Segundo Lívia Pini, delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes de Londrina (NUCRIA), os abusos sexuais eram cometidos sempre na casa da criança quando o estuprador ficava sozinho com ela para, supostamente, tomar conta da vítima. “Foi um abuso bastante grave, com bastante violência, houve emprego de ameaças com faca, inclusive. Esse abuso foi confirmado junto ao IML e realmente teve a conjunção carnal. Essas ameaças eram no sentido de fazer mal a ela, a família dela e em relação a e esse temor, a garota ficou quieta até esse momento em que ela não conseguiu mais guardar só para si”, contou.

A família passou a desconfiar que havia algo de errado devido a mudança brusca de comportamento da menina. De acordo com a mãe, ela mudou completamente de comportamento, não queria mais brincar, passou a ser extremamente calada, não expressava mais alegria e passou a se automutilar. “A mãe começou a conversar com ela para entender o que estaria acontecendo”, disse a delegada à equipe da RICTV Londrina | Record PR.

Entrevista com a mãe da vítima

A mãe conta que o comportamento da filha mudou bastante, tanto na escola como em casa, após o início dos abusos. No entanto, em um primeiro momento, ela chegou a pensar que eram as mudanças da chegada da adolescência que estariam causando essas alterações.

Foi na volta da Igreja que a criança tomou coragem para contar o que estava passando. “Eu peguei o celular dela para fiscalizar, olhar as mensagens. Aí, ela veio, me rodeou, saiu e foi pro quarto de novo. Aí, de repente, ela voltou chorando e disse que era para mim sentar que ela precisava contar uma coisa muito grave para mim”, conta a mãe.

“Eu segurei a mão dela e ela começou a contar que ela tinha sido abusada. […] Eu achava que era alguém na escola, alguém na rua, alguma coisa assim. Mas não, aí ela falou quem era pessoa que tinha abusado e eu perdi a cabeça”. Foi então que a mulher foi até a casa do abusador para solicitar explicações. No local, ele negou tudo. “É uma coisa que eu acordo pensando, eu deito pensando, mas eu não demonstro para ela porque eu não quero que ela fique pensando, mas é muito difícil para mim. Eu me senti muito culpada por não ter prestado atenção e se eu pudesse, eu diria para as mães sempre ficarem atentas porque essas pessoas são bem calculistas”, afirma a mulher emocionada.

Assista à reportagem completa:

A repórter Dayane Enz conta todos os detalhes sobre o caso.